quarta-feira, 21 de abril de 2010

Quando vale a pena abandonar o emprego para se casar

Acabo de ler uma notícia que me deixou pensativa. O casamento de Sthefany Brito e Alexandre Pato acabou depois de 9 meses e 13 dias, com diz a coluna do jornal carioca Extra. Não me chocou o pouco tempo de casamento do famoso casal. Certamente eles foram felizes pelo tempo que deveria ter durado o conto de fadas. Os dois são jovens, ricos e bem-sucedidos. Imagino que devem ter feito sexo do bom durante o período em que estiveram juntos. Separar faz parte, acontece com qualquer um, ainda que num espaço curto de tempo.
Tampouco o motivo da separação me chocou _ Pato estaria caindo na noite, segundo o jornal, com o amigo Ronaldinho Gaúcho, o que teria irritado Sthefany. Qualquer uma de nós, independentemente do tempo de casadas, ficaria irritada com essa atitude. Essa situação, se for extensa, pode mesmo dar um fim ao casamento.
O que me fez pensar na separação deles é a declaração de que Sthefany estaria irritada com as saídas do marido porque "ele havia pedido para que ela largasse o trabalho para acompanhá-lo na Itália". O jornal diz que era de Sthefany "o papel de Cecília Dassi em 'Viver a Vida', mas ela desistiu em nome do casamento".
Não quero julgar as escolhas de Sthefany porque não a conheço. Mas tenho amigas que, como ela, também largaram o trabalho em nome do amor, da pessoa amada, e foram viver em outra cidade, estado ou país, acreditando que o amor preencheria esse espaço. E o que pude ver a partir das histórias delas é que isso não aconteceu.
Com o passar do tempo, elas ficaram depressivas, assustadas, entendiadas e com muita, muita saudade de se sentirem importantes, tendo um emprego pra chamar de seu.
"É muito duro você ter que pedir dinheiro pro seu marido pra comprar um modes", me disse uma delas, que foi morar nos Estados Unidos, com o marido americano.
Nunca me esqueci dessa frase. Sempre que vejo a história de uma mulher que largou o emprego por conta do marido, penso em como isso deve ser duro, não ter a liberdade de ir à loja da esquina sem ter de dar explicações para alguém sobre o que você vai comprar.
Acho que a reflexão que a separação  de Sthephany traz para nós mulheres acompanhadas, apaixonas, ou em vias de se casar, é que amor nenhum, ainda que o dos filhos, pode compensar a perda nossa liberdade. Ainda que a gente tenha que trabalhar apenas para ter o dinheiro do batom ou do pacote de absorvente.


Irma

9 comentários:

  1. Querida Irma,
    já vi algumas coisas no mundo corporativo que desafiam o conceito de mulher moderna, independente e tudo mais que tanto buscamos. Um bom e absurdo exemplo são as tantas gerentes, professoras, diretoras, entre outras, que jogam suas carreiras no lixo para cuidarem da vida social daquele marido-novo-diretor-de-empresa. E depois ainda reclamam de como são tratadas (mas num se separam, viu?)
    Sthephany, pelo visto, se iludiu com a possibilidade de formar uma família margarina e abriu mão de sua carreira para isso. Aposto que pensará melhor da próxima vez!
    E vale a pena pensarmos nesse conflito que existe em grande parte das mulheres: dona de casa ou profissional? Arrumar um marido ou um provedor? Deixemos para os próximos posts!
    um cheiro, Zoe.

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  2. Nem fala, Irma. Só de pensar já me sufoca. Mesmo do lado masculino da história, ter uma mulher frustrada é um peso para qualquer um. E, pensando bem, um casamento nunca deve ser a anulação de uma das partes, senão dá merda. Invariavelmente. A menina é competente, acho que logo arruma um cara com quem seja feliz. E ele, bem, ele vai poder ir pra balada sem culpa. Vou ler mais por aqui, que gostei.

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  3. Irma querida irmã....
    É isso aí! Até hoje ainda complicado pra algumas mulheres decidirem pela vida delas, suas carreiras, sua independência, sua própria grana! Difícil quebrar o padrão e o modelo de ser quem abdica pra ser quem decide. Temos que bancar a decisão e o amor se for real supera e fica muito mais forte.
    bj.and wellcome baby!
    Mari.

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  4. Danilo,

    Coisa boa ter a visão de um homem aqui no blog. Leia e comente mais vezes,
    Beijos

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  5. Gente e eu que me esqueci e nem fiz um comentáriozinho maldoso do nome do cara ser PATO!!!!!! hahahaha.....
    Mari.

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  6. Conheço um cara que fez um acordo com a mulher. Ficava em casa cuidando das crianças, e pintando. Ela ia à luta. Parece que eles eram felizes. A diferença é que ele precisava pedir dinheiro para a cachaça, porque ganhava quase nada com o que pintava. Tô quase propondo isso para minha mulher (rs). Beijos, Irma.

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  7. Laroyê!
    Parabéns pelo blog!
    Salve todas as mulheres!!!
    Todas as pomba-giras!
    Só a mulher salva!!!
    Divas forever...

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  8. Gente, arrasada por Stephany e Pato!!!! Eles estavam tão fofos no dia do casamento....E o vestido dela? Era o máximo, que pena.

    Mas, agora uma divorciada como eu, Stephany certamente será uma mulher mais sábia. E não mais há de cair numa roubada dessas. Sorte para ela. E para todas nós, Divas Forever, como escreveu o Exu da Porteira (acho até que sei quem ele é, hahaha!!!!).

    Beijos para o trio,

    Bela - La Divorciada

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  9. Estou passando por isso, mudamos de cidade prestes a ser chamada para trabalhar com um salário razoável e que me trará experiência profissional, sinto que a decisão que vou tomar vai me fazer amargar, estou cansada de sempre pedir e nem sempre receber um sim, e se meu marido um dia me faltar, o qua vai ser de mim?

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