quinta-feira, 22 de abril de 2010

O relógio biológico e filhos!

Quando assistimos alguns filmes, especialmente os vindos diretamente de Hollywood, ouvimos com frequência a expressão "My biological clock is ticking!", e o que exatamente isso significa?  - Bom queridas, "estou beirando a curva da boa esperança", "acabou a festa e está na hora de me tornar séria", "tenho pouco tempo pra colocar a escola de samba (ou o meu bloco) na rua", "estou na beira do desespero", "preciso arrumar alguém logo"... e por aí vai!

Mesmo depois de tantas mudanças sociais, tecnológicas, pessoais, emocionais e até mesmo, ouso dizer, antropológicas, há uma cobrança interna e externa do lugar comum da continuidade social, ou seja: a família!
Nos últimos anos vimos percebendo, pelo menos nas camadas sociais onde o nível de escolaridade é maior, que as mulheres têm outras preocupações anterior à formação da família.  Ser bem sucedida, estar bem física e emocionalmente, ser independente, escolher alguém compatível com ela e principalmente, eu diria, aproveitar bem a vida antes de "amarrar o burro" ( o que não significa necessariamente o casamento em si, mas ter filhos!!!).

E pelas minhas observações de mulher solteira, sem filhos o burro é você!!!  Depois dos filhos as amarras são eternas, no digníssimo pai (que espero mesmo para sua própria sorte seja digno!!!), mesmo quando o casamento acaba e se defaz e, sem dúvida, na criança ou crianças.  Não tem como reciclar, doar, trocar, jogar fora, se esquecer - é seu por toda a vida e se sente seu dono também por toda a vida.  Isso tudo contrastando com o sentimento de maternidade e o que ele evoca, a continuidade, o aprimoramento, as diferenças e semelhanças e sua semente se perpetuando na eternidade.

Isso sem falar quando você está num relacionamento de amor com a pessoa, até hoje, mais importante da sua vida e com a qual você vê a possibilidade de perpetuar esse amor numa outra criatura fruto de vocês. Meu cabelo e o sorriso dele,  minha força de vontade e a paciência dele, meu corpo e a força dele e a inteligência dos dois somadas.  É de deixar Daniel Goleman da tal Inteligência Emocional babando!  Quase mesmo um projeto nazista de aperfeiçoamento de raças - Hitler choraria - Gente???? Piramos total !!!

Contudo, de uma certa forma, isso tudo rola e pinta e faz parte.  E mais ainda, nem sempre o que parece certo o é, e o que parece melhor é melhor.  Acho que seria bem mais interessante se deixássemos as expectativas sociais de lado e nossas próprias expectativas em relação a elas pra trás e assumíssimos uma posição mais coerente com a mulher que somos hoje e que queremos ser amanhã, o que não exclue os filhos necessariamente, mas também não os produz apenas por uma satisfação egóica, ou porque nosso tempo de fertilidade está acabando!!!  A maternidade deve ser mais coerente! E não ter filhos também pode ser legal!

beijocas,

Mari.  

2 comentários:

  1. Olha só o Blog das minas! Passei pra dar uma conferida. Muito bom. Beijos, Jarbas. http://uivoslatidosefuria.zip.net/index.html

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  2. Mari,
    Excelente esse texto. Parabéns!!!!
    Beijos,
    Vivi

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