segunda-feira, 31 de maio de 2010

São Pedro ou o porteiro do Blue Velvet!?!?!

Vamos supor que o céu exista mesmo.  E que para adentrar ao tão famoso recinto você tenha que se ver "cara a cara" com o porteiro.  Agora, falando sério, toda a idéia que fazemos de São Pedro é bem tristinha.  Ele morreu velhinho, depois de negar Jesus três vezes no fatídico dia da morte daquele.  Foi o primeiro Papa e por essa honra morreu comido por leões nas barbéries a que eram acometidos os cristãos.

Então, não é por nada não, não estou mesmo querendo ser preconceituosa, mas esta portaria do céu deve estar um DESASTRE!!!! Sem contar que nos contos em geral, ele tem uma barba enorme e branca, tal qual aquela da figurinha de Deus que nos incutiram na cabeça, antes mesmo que pudéssemos questionar se não seria a Deusa! Ah, e a tal da chave é imensa.... e dourada... de um lugar que nem fechadura tem!



Well well well, que tal o sorridente moço acima????
Gente, fala sério, ele não é lindo!? Eu estava bem felizinha, como vcs todos podem perceber, de estar ao lado dele na porta do Blue Velvet, uma agitada casa noturna nos Jardins na qual celebramos o aniver de meus grandes amigos César e Vanessa.

Se ele estivesse encarregado das portas do céu, todas nós já estaríamos pensando no paraíso que nos esperaria ao sermos recebidas por ele. Não é à toa mesmo que todas pecamos tanto e sem dó ou preconceito, a idéia de adentrar ao recinto dos Céus pelas mãos de São Pedro não é nem um pouquinho appealing (tive que recorrer ao inglês pois soa melhor, quer dizer apelativa!!!), agora põe esse gato pra tomar conta da entrada e todas viraremos umas santas...

Eu entro em qualquer porta que esse cara abrir, nem que sejam as do inferno!!!! hahahahaha....

beijocas,

Mari.

domingo, 30 de maio de 2010

Terceiro da Trilogia: "O presente que deixo de viver...."

Porque estou arrastando um passado que me recuso a largar, ou porque faço tantos planos pra  QUANDO algo acontecer e esse algo nunca acontece nesse futuro que nunca chega,  meu presente então passa, passa, sem que eu sinta, o sinta ou o viva simplesmente.

E assim como nos dois casos anteriormente citados, deixo de viver. Perco a percepção do agora e vou mascarando a vida com o cotidiano insípido, relembrando ou esperando num agora que perde a oportunidade de ser desvendado e vivido.

É quando parece que a vida se arrasta e voa ao mesmo tempo.  Quando o seu olhar, na sua própria vida, perde o foco e nesse embassamento você se distraí de tal forma, que se esquece, se esquece até mesmo que os momentos passam e não voltam mais, as oportunidades não batem diversas vezes em sua porta, a vida não espera estarmos "prontas".

Viver é justamente o ato de se aprontar, vamos nos preparando e experimentando com a vida, mas só o fazemos quando vivemos plenamente o hoje, quando não permitimos que o ontem ou a perspectiva do amanhã, modelem seu presente.

Isso pode soar um pouco como lugar comum, pois eu mesma já ouvi esta frase diversas vezes, mas o hoje chama-se "presente" por ser exatamente isso, um presente.

Pois meu conselho é NÃO GUARDE PARA ABRIR AMANHÃ.

Sabe esta coisa moderna agora, (totalmente copiada dos Estados Unidos), o que eu particularmente acho meio ridículo de não se abrir o presente no momento que se ganha.  Você tem que deixar um cartãozinho com seu nome para que a pessoa saiba que foi você que deu, e você nunca tem a oportunidade de ver a reação da pessoa na hora que abriu o seu presente, pois é, babaca né? Depois se a pessoa copiar o modelo total dos Estados Unidos, te manda um cartão de agradecimento "THANK YOU NOTE".  Gente, nada mais formal, e o pior, não tem nada a ver com o nosso jeitão informal, brasileirístico de ser.

Eu acho que a gente tem que abrir o presente na hora e a fila de gente, cheia de presentes pra te dar, vai se formando, todo mundo meio rindo, vendo o que as outras pessoas te deram, se tem a sua cara... e todo mundo analisando suas reações ao abrir seus presentes. Isso é vida, Ktso!
Antes era bem mais divertido, e eu adorava ver a cara da pessoa, quando estas iam abrindo seus presentes  e adorava ver o que as pessoas escolhiam umas para as outras.

Por isso meu conselho a você é: ABRA AGORA, e olhe bem nos olhos de quem o deu e agradeça ou repudie, dependendo do que estiver sentindo na hora!
O PRESENTE é seu! como diz nosso amigo .... Abra já!!!! hahahaha....

beijocas,

Mari.

sábado, 29 de maio de 2010

Na dúvida, pare

"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

Esbarrei nessa frase, da Clarice Lispector, hoje e fiquei pensando no quão ela é linda. Estou numa fase de tantos questionamentos, tantas dúvidas, medo de ir, medo de ficar, medo, medo, medo. E aí, vem a voz da Clarice pra me dizer que viver vai além de ficar se questionando. Tem hora que simplesmente é melhor fazer como o velho marinheiro "que durante o nevoeiro leva o barco devagar". Ir, ser levado, render-se, mergulhar. E não ficar perguntando, perguntando, perguntando.

Ai, será que estou divagando demais? Espero que não. Dei uma pausa, necessária nas minhas dúvidas, para buscar o foco das coisas, o meu centro. E descobri que, na crise, não se deve mudar nada. Só devemos fazer grandes mudanças quando estivermos centrados, ou, pelo menos, perto disso. Enquanto não acho o eixo, vou vivendo devagar.

Irma

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lutar vale a pena

Amor é construção diária. Para evitar que tudo se acabe ou fique morno, é preciso se reinventar a toda hora. Isso significa não deixar nada estático. Chegar em casa, jantar, dormir e acordar sabendo que o dia seguinte será sequência do dia de hoje é morte súbita. Você pode até resistir ao tempo, mas ele será cruel com você depois. A fatura virá.

Mas é preciso que a construção do amor seja feita pelo casal, não só por um deles. Se um se esforça e não é correspondido, tudo corre risco de ir por água abaixo. E, se os dois não se movem, pior ainda. Resolver dá trabalho. Exige tempo, lágrimas, discussões, tudo o que pode transformar seu dia numa grande tristeza ou numa grande felicidade. Nunca se sabe o que pode vir de uma transformação.

O que vale é que em nome do amor, tudo vale a pena. Quem não luta nunca saberá. Se você gosta mesmo de alguém, se esforce para ser feliz e fazer essa pessoa feliz. Com intensidade. É nisso que acredito.

Vidinha morna é pra quem dá mais valor para as convenções, para quem acredita que basta estar casado ou namorando pra estar feliz. Amor é mais do que isso. È pra quem está interessado em sentimentos. E sentir dá muito trabalho. E vale a pena.

Irma

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Toc, toc, T.O.C.?!

Sempre me apaixono por certas coisas. E sempre que isso acontece, me entrego totalmente, como se antes nada existisse e depois também. Nada. Somente o meu objeto de desejo, minha obsessão atual, naquele momento e fim.

Dia desses, após acabar de ler meu sexto livro consecutivo de mais de 350 páginas, às duas e meia da manhã - tendo que acordar às 6h30 -, percebi que estava exagerando “um pouco", que a minha paixão atual estava, na realidade, me consumindo. E percebi outras coisas: deixei de sair para ler, deixei de levar minha cachorra para passear; troquei a comidinha boa por absurdos cheios de gorduras trangênicas (mas tão gostoooosooooos…) etc e tal. Nada certo, não é? (mas meu humor continua o mesmo - hehe...)

Nesse mesmo insight, percebi que poderia, com essa e outras pequenas manias, desenvolver o Transtorno Obsessivo Compulsivo (T.O.C.). E fui entender um pouco mais dessa doença, que conheci por meio de algumas pessoas e tenho quase certeza de que meu chefe tem!

O tal TOC é um “transtorno mental ligado à ansiedade que manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preocupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões. Dentre as obsessões mais comuns estão a preocupação excessiva com limpeza (obsessão) que é seguida de lavagens repetidas (compulsão)”, como diz o site da Ufrgs. Um perigo que atrapalha e muito a vida!

Na boa, fiquei feliz! Apesar de trocentas e dez manias (que podem ser consideradas rituais), de ser super ansiosa, nem chego perto de ter a tal doença. O susto vale para ficar esperta, prestar atenção no meu dia a dia e em mim - coisa básica, mas que sempre acabamos deixando de lado.

Mas por que eu estou tão ensandecida por livros? Claro, todos românticos, de pura ficção, com muita aventura e tudo mais, além de poesia e muitos contos (e alguns suspiros...).

O que está faltando na minha vida que eu supro por meio de milhares (e é isso mesmo) de páginas por mês?

E a resposta veio quando estava caminhando para casa e lembrando do livro que tinha acabado de ler…

Acho que eu quero me apaixonar novamente…

Mas essa historia fica para o próximo post!

Um cheiro, Zoe.

p.s. Para quem gosta muito de ler, uma dica: o novo Kindle 6”. É muito legal. Cabe na bolsa e é bem prático!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Segundo da trilogia: "O futuro que nunca chega...."

A palavra quando, pode ser um grande problema ao ser usada como muleta para a postergação.  Sabe se você começa a frase dizendo:
"Quando eu ganhar mais dinheiro,...."
"Quando eu casar,..."
"Quando eu emagrecer  ...  kilos,...."
"Quando eu terminar de ..."
E esse "quando" nunca chega, e sua vida fica suspensa, porque tudo aquilo que você quer fazer, está de fato esperando esses "quandos" inalcansáveis.

E então o seu futuro e seus planos estão sempre dependendo de alguma coisa que você não possue ao invés de usar o que já tem  para construir o futuro que quer.

Isto não significa que não devamos sonhar ou almejar coisas, não... planejar é muito bom e ter metas e objetivos muitas vezes nos canaliza a concretizá-los. O grande porém é quando nos propomos objetivos e metas que de antemão sabemos que não cumpriremos, quando nada parece ser bom o suficiente, quando nos tornamos PERFECCIONISTAS! O que é terrível!

Os perfeccionistas sofrem muito e fazem todos ao seu redor sofrerem.  Simplesmente porque não somos perfeitos, as coisas não são perfeitas e eles vivem num contínuo lamúrio insatisfeito de que tudo poderia ser melhor.  Nunca enxergam o que já foi alcançado, o que já mudou.  Estão sempre reclamando do que ainda não está bom e de como nunca foi bom o suficiente. Em geral são pessoas negativas, com baixa autoestima, o que faz com que sejam excessivos críticos e que não se contentem com nada, nem ninguém.

Pra esses o futuro nunca chega também pois sempre tem algo que pode ser mais perfeito.  São as pessoas que nunca escrevem os livros que querem escrevem, que nunca têm o namorado que querem ter, que nuncam compram o carro que querem comprar, que nunca fazem a viajem que querem fazer, que nunca têm o filho que querem ter, que nunca procuram o emprego que gostariam de ter, pois sempre está faltando alguma coisa para que eles possam se dedicar totalmente a estes projetos e então um dia eles percebem que o futuro que nunca chega já passou e agora .....bom agora restou só o amargor de não se ter vivido o que se almejava, e isto é mesmo muito triste!

Por isso amigos, não percam seu tempo sendo excessivamente exigentes, usem de honestidade com vocês mesmos e queiram o melhor que podem dar, mas curtam a vida, busquem a felicidade, mesmo que não seja "aquela tal felicidade!!!!!" que o futuro já começou e é agora!

beijocas,

Mari.

obs. não perca o próximo: "O presente que deixo de viver".

sábado, 22 de maio de 2010

Hum… acho que fiz besteira

Hoje recebi um feedback de uma das minhas melhores amigas: jamais poderia ter deixado de ir no aniversário da nossa melhor amiga! 

Melhor explicar: ontem foi aniversário da minha irmã de coração, de seu marido e da minha mãe. Tudojuntoaomesmotempoagora! 
 
O combinado foi: levo minha mãe para jantar, depois vou para festa comemorar com todos o melhor dia do ano.
 
O detalhe é que bebi um pouco além da conta e, somando uma semana pra lá de difícil, estava extremamente cansada e abatida. Simplesmente parecia um zumbi. Não tive coragem, força, gana suficiente para ir. E lá pra mais de meia-noite, quando cheguei em casa, ainda meio zonzinha, mandei uma mensagem explicando o acontecido, pedindo perdão, mas avisando que não tinha condições de ir. Para mim, tranquilo: comemoraria hoje ou amanhã numa festa à parte e só nossa, algo assim.
 
E naquela hora sinceramente não pensei que pudesse deixá-la chateada, porque, afinal, ela me conhece à fundo, somos realmente amigas e amigos são flexiveis, compreensíveis. Resiliêntes até. Pelo menos eu acredito nisso e sigo essa premissa.
 
Mas eu esqueci de olhar para o lado e ver a vida com os olhos das outras pessoas. Afinal, nem todo mundo pensa como eu ou age ou reaje ou ou ou…
 
E recebi essa mensagem. De que para os melhores amigos, temos que nos dedicar mais, que eles valem mais a pena e por isso merecem mais atenção e carinho. Mais dedicação.
 
Não acredito, mesmo, que tenha deixado de cumprir com tudo isso, somente não resisti fisicamente a uma situação. Mas tenho que confessar: não deixarei isso acontecer novamente. Magoar uma pessoa que se ama é o pior sentimento que já tive e não quero que isso aconteça.
 
Ainda nem sei se a minha querida irmã está chateada comigo (preciso ligar para ela hoje…). Mas já pedi perdão, pedirei novamente. E faço uma promessa: tomarei mais cuidado com as minhas ações. Nunca mais perderei uma festa dos meus grandes amigos. Afinal, sem eles não sou nada. Essa é a verdade. Por isso, merecem até um zumbi com um sorriso amarelo e uma cor meio esbranquiçada, mas com um coração cheio de carinho e respeito.
 
Um cheiro, Zoe.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Primeiro da Trilogia: O passado que nos arrasta...

Por vezes sentimos como se não pudéssemos continuar, quando estamos presos ao nosso passado e vivemos o presente nele e nosso futuro o tem como perspectiva.  É muito difícil soltar essas amarras e quando nosso passado permeira nosso futuro e presente, não conseguimos mudar ou mesmo viver experiências novas, momentos novos, sentimentos novos. E coincidentemente essas amarras do passado nos impedem de começarmos de novo, de experimentarmos novos momentos e novas idéias, de arriscarmos.

Então ele nos arrasta....do nada ao lugar nenhum, por já ser passado e estar acabado.  Isto é diferente de ter boas lembranças de bons momentos. Ter boas lembranças é lembrar com amor. De pessoas especiais, de experiências inesquecíveis, de sucessos, ou mesmo, às vezes, de perdas que te conduziram a algo novo e melhor.  Contudo, viver preso ao passado, não te deixa progredir e transformar para transformar-se.

A experiência da vida pra mim é a metamorfose que passamos com os anos, é um amadurecimento que apesar das dores e dificuldades estende-se como conquista diária de um novo amanhã, uma nova batalha, um novo desafio.  A aprendizagem nunca termina.  Ninguém consegue aprender tudo o que precisa. Então quando nos cercamos desse passado que aprisiona, nos privamos da liberdade de sermos nosso novo eu que com a vida podemos nos tornar.

Eu tive uma professora de biologia no colegial chamada Dona Conceição (eu a adorava.... é incrível como as professoras e professores podem ser pessoas importantes em nossa vida, ou ímbecís totalmenten insignificantes!!!! hahahaha..Ela foi importantíssima tá gente???...), que dizia: "Uma pessoa que diz : Eu nasci assim e vou morrer assim, já morreu, só esqueceu de cair!!!!"  e até hoje me lembro disso com um sorriso.... Eu a cito muito Conceição!!!!


Essa mulher abriu minha cabeça.  É verdade que andei arrastando meu passadinho também, mas ultimamente estou de FAXINA e só guardo mesmo o que valhe a pena! O que me fez crescer, aprender e me deu alegria, mas aberta ao novo!


beijocas,

Mari.

obs. Não percam os próximos:

O futuro que nunca chega!   e   O presente que deixo de viver!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A preguiça do friozinho.....

Esse tempo, essa chuvinha dá uma preguicinha boa né?
Hoje tive minha aula da manhã cancelada e acordei às 8:00hrs, sem despertador, com alguns filhotinhos de gatos pulando em cima de mim ( tenho um casal de gatos que adotei no começo do ano e a gata deu cria 6 filhotes... minha casa está um sarro... cheia de gatos pra tudo que é lado está sendo uma experiência muito interessante!), o que acho uma delícia, e com um sorrisão.... ai que delícia... que preguiça gostosa... que friozinho bom..... Sou daquelas pessoas que apreciam o frio, adoro, acho que todo mundo fica mais bonito e tem mais disposição.... pra tudo!!!!!

Como a aula do almoço tb foi cancelada fiz tudo muito devagar esta manhã, sem nenhuma pressa.
Gente! Que maravilha.... Como a gente se maltrata com a correria do dia a dia...
E estive pensando que todo mundo devia desligar um pouquinho às vezes, dar um tempo, ter mais tempo pra pensar, e até mesmo curtir uma preguiça...


A vida, e todas as obrigações a que nos imposmos, anda demandando demais de nós mesmas, não temos mais tempo pra nada e nem pra ninguém.  Pra qualquer coisa temos que consultar nossa agenda, às vezes até mesmo para os finais de semana.  É meio louco que trabalhemos tanto, acho que o consumismo está nos levando a perder o controle; e os parâmetros de execelência atualmente são, senão irreais, absolutamente inatingíveis!

Vou até escrever um post bem curtinho hoje tá gente.... por preguicinha.... o restante vocês pensem aí em suas cabeças... o que podemos fazer pra mudar, pra melhorar, pra rir mais, pra ser mais feliz, mais legal com as pessoas e poder sorrir pros gatinhos quando eles pularem em cima de vocês .... hummmm ui!

beijocas,

Mari.

domingo, 16 de maio de 2010

O que aconteceu com os programas femininos?

Às vezes, de manhã, quando vou à academia e ando na esteira as tvs estão ligadas e invariavelmente estão no ar os chamados "programas femininos".  Se estou sozinha na sala, o que muito raramente acontece, desligo as tvs todas, prefiro o som do nada, e o barulho da esteira à mediocridade ali veiculada.

Hello pra esse povo!!! Primeiro uma cultura da tragédia, basta ser notícia ruim para ficar no ar por horas... e dá-lhe exploração da miséria humana.  Depois, futilidades sem fim, fofocas sem fim, idiotices sem fim...  E é melhor nem tecer comentários sobre aquele papagaio absurdo de voz ridiculamente estridente, e a risada da apresentadora, que é de matar. Ok, ok,  posso até ceder um pouco, tem audiência, atinge praticamente todas as classes (??sério??), mas realmente considerando-se que nos anos oitenta nós tínhamos TV Mulher, com Marília Gabriela, Marta Suplicy, Ester Goes, Clodovil !!! É estarrecedor.

E as coisas não se resumiam em receitas culinárias (aliás como boa cozinheira é a única coisa que atualmente consigo apreciar....), fofocas, reality show como OS BIG BOBOS, ou A FAZENDA, (que com certeza deixa qualquer fazendeiro produtivo arrepiado e de cabelo em pé!!!!), com certeza foi uma queda de qualidade vertiginosa.  E o mais espantoso é que estávamos na época da ditadura ainda. Realmente é difícil entender as mudanças de prioridades e com isso qualidade.  E associar esses programas à mulher, pra mim, é de matar!!!!  Especialmente depois de todas as conquistas femininas dos últimos vinte anos.  Tristeza!

A meu ver, sinto como se fosse uma deseducação.  Vamos ver o quanto podemos ficar no nada e no lugar comum, sendo que o meio seria apropriado para veícular mais sabedoria.  Alguns críticos me rebaterão dizendo, ora mas temos a TV Cultura, o canal Futura e a audiência é baixíssima.  Se as pessoas tivessem mais interesse em aprender ou em sabedoria assistiriam a esses canais.  Verdade, não tenho como argumentar que isto é um fato.  Um fato porém que me deixa triste e mais triste fico porque aqueles que detêm o poder de mídia em larga escala não o usam para mudar esse contexto. Porque eu, como educadora, acredito em mudanças e acredito que quando usamos o bom senso podemos atingir mudanças válidas, reais e de resultados surpreendentes. Haja visto trabalhos como o de Ivo Bertazo com seu balé de crianças desfavorecidas ( ou seja, praticamente favelados...),  os "meninos do Morumbi", e outros projetos que através da educação e investimento em cultura, conseguiram mudar a cara e o jeito, sem falar nos objetivos e conquistas, de pessoas que não tinham nada a que almejar.

O mais ridículo porém é quando ouvimos o chavão, ah... no primeiro mundo isso não aconteceria.  Bom se queremos transformação precisamos investir nela, mudar exige criatividade em difundir e produzir entretenimento de qualidade, interessante, informativo e ainda assim divertido que atinja "todas as classes".  Acho que a descontração, a informalidade e o bom programa de ser visto não precisa excluir cultura e informações relevantes.  Veja o programa da Oprah Winfrey, por exemplo, que está no ar a mais de vinte anos e começou como um reality show em que as pessoas praticamente se pegavam, literalmente.  Isto mudou, evoluiu e tornou-se melhor sem perder sua característica básica de ser popular.

Alguns desses programas que vemos atualmente, fizeram com que a descontração virasse deboche e de má qualidade. Melhor assistir a um desenhinho do Tom e Jerry! Na tv paga, temos a oportunidade de assistir a programas produzidos aqui por gente muito inteligente e interessante que tem público cativo, como por exemplo: Happy hour, Saia Justa, e na tv temos mesmo alguns interessantes como Luciano Hulk, Altas Horas, até mesmo Video Show tem seus bons momentos, apesar de ser um pouco restrito.

Agora os femininos são de MATAR!!!! Me recuso! E me sinto ofendida por eles o serem assim chamados!
E tenho dito!


beijocas,

Mari.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Solidão! A maior das doenças!!!

Só pelo trocadilho, depois do post da "Doença, talvez a maior das solidões!", inverti a coisa e "Solidão, é mesmo a maior das doenças!"  E dá mesmo muito medo dessa dananda da solidão.  Acho que depressão, a doença do século como dizem por aí, é na verdade, o ultimato da solidão, quando as outras pessoas não conseguem atingí-lo e você se vê no mais solitário dos mundos, o seu próprio, onde às vezes nem mesmo você tem acesso ao seu eu, pois o abandono ao nada é irrestrito.

 Dizem que a depressão faz parte de um dos sete pecados capitais, a Preguiça, descrita como um demônio, Acédia (gente, claro que o nome tinha que ser feminino!!!!hahahaha....), é uma condição de desânimo espiritual explícito de quem desistiu de buscar a Deus, ao bom e ao belo.  Acédia é uma lassidão do espirito, de sentimento e também de corpo.  Um desânimo em relação ao valor das coisas.  Pra mim, Deus (ou a Deusa!), é o feminino e o masculino em sua expressão máxima de amor.  Então quando você desiste, de você, das coisas, dos valores e de Deus, a solidão se apoderou tanto que você não tem nem a si mesmo mais!

A solidão não é simplesmente estar sem marido, sem namorado, sem caso, é estar sem amor!  Amor por nada ou ninguém.  É o oco que não se preenche e tudo perde a graça, o nome, a cor, o foco.  É quando nada mais basta, quando o sorriso morreu dentro da sua boca e você desistiu.

A medicina criou paliativos e temos gerações viciadas em droguinhas da felicidade que vão do famosão Prozac à normalíssima Fluoxetina.  Tudo fica numa NORMOSE, nada é muito bom e nada é muito ruim.
Pra mim um outro demônio, o da acomodação.  E temos também as outras compulsões generalizadas, comer demais, beber demais, transar demais, se drogar demais, comprar demais, numa busca incessante de preencher nosso vazio.

Outro dia uma querida amiga me confessou que tem muito medo de ficar só.  Que para ela a felicidade está em se estar com alguém, em ter um amor.  Eu também acho que a vida fica muito mais legal e interessante quando dividimos nosso amor com alguém especial, mas não conecto a minha felicidade com estar em um relacionamento.  Eu estou solteira a um longo tempo, mas não sou solitária e sou uma pessoa cheia de amor!
É verdade, pode soar meio cafona, meio brega, tipo música de parque, mas eu sou assim mesmo.  Eu AMO, a vida, a mim mesma (mesmo sendo bem diferente do modelo de beleza atual, sou mais para uma época renascentista Renoir!!!! com todas aquelas celulites que vemos nos quadros impressionistas...hahaha), amo várias pessoas, minhas sobrinhas e meu sobrinho ( bom família a gente ama meio que por genética e obrigação...sabe aquela coisa eu posso falar dos defeitos e só EU!!!!), amo minhas amigas e meus amigos, até mesmo alguns ex amores eu ainda amo relembrar uns bons momentos, sejam eles jamaicanos ou não?!  Amo a natureza, amo meus gatinhos, AMO São Paulo (a cidade, sou Palmeirense!!!!).

Enfim acho que a solidão, aquela profunda que te machuca e esfola a alma só se cura com AMOR!  E se você se vê doente de solidão experimente tentar amar.  Comece por você mesma, se perdoe mais, faça umas delicadezas pra você, coma um chocolate, olhe em volta com olhos de amor!  Amar é um exercício como outro qualquer, quanto mais se faz melhor se fica!

Bom amor pra vocês, seja ele em que pacote vier!

beijocas,

Mari.

Quando o marido reclama que você engordou

Eu estava casada há apenas dois anos. Isso foi em 2005, mas já namorava desde 2001. Acabei me descuidando com o peso e cheguei a 67 quilos com apenas 1,57 de altura. Virei uma "tchubi". Mas não me incomodei tanto assim. Continuei fazendo as mesmas coisas de sempre e achei que aquilo fizesse parte do processo natural do envelhecimento. Minha mãe e minha avó sempre foram gordinhas.

Meu marido, sempre genoroso e gentil, nunca reclamou. Pelo menos não diretamente. Até que um dia, fomos tomar café na padaria, num domingo de muito sol, e eu pedi um sonho desses bem recheados com creme. Ele então, cuidadosamente, virou pra mim e disse:

_ Doce logo cedo? Por que você não come outra coisa.

Na hora eu não percebi que meu peso estava incomodando ele. Ele nunca havia reclamado diretamente, não falava nada do meu corpo, portanto, eu não achei que precisasse tomar uma atitude mais radical. Só na terapia, é que meu psicólogo me mostrou que eu estava absolutamente enganada:

- Irma, seu marido está dizendo claramente para você que é preciso ter cuidado com o corpo. E que ele está incomodado sim com sua forma física. Nem sempre marido ou mulher vão falar diretamente sobre um assunto delicado na vida dos dois. Mas é preciso entender quando as mensagens aparecem.

Eu senti um soco no estômago. Fiquei péssima e não conseguia parar de comer. Foi como se eu bloqueasse a informação e comesse ainda mais pra me punir por estar acima do peso. Foram anos de luta e briga com a balança - até hoje, claro, tenho crises de choro quando engordo um quilo. Mas emagrecer me fez muito bem. Me deixou mais auto-confiante, mais inteira no casamento.

Mas o que de mais importante eu tirei da história do sonho da padaria é que a gente precisa prestar atenção em cada mensagem do marido/namorado. Pra depois não perdermos o chão quando eles forem mais diretos para dizer as coisas em nós que tanto os incomodam.

Irma

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Perigos na hora do sexo

Uma pesquisa engraçadíssima do jornal "Daily Mail" com mil ingleses, claro tinham que ser eles, mostrou que um em cada três britânicos já sofreu algum acidente enquanto transava. A lista inclui dores musculares, mau jeito e contusões. Mais parece cena de uma partida de futebol. Listo aqui os acidentes sexuais mais comuns, segundo o povo que toma chá diariamente:

1- Distenção muscular
2- Mau jeito nas costas (comer tatu é bom, como diriam os Mamonas)
3- Esfolamento (isso mesmo que vocês leram)
4- Batida nos cotovelos e joelhos
5- Contusão nos ombros (e não foi por conta da musculação na academia)
6- Torção nos joelhos
7- Distenção ou torção nos pulsos
8- Distenção nos tornozelos
9- Torcer os dedos para trás (menina do Exorcismo fazendo escola)

O jornal também listou os locais mais perigosos para se praticar o ato sexual, e o campeão foi o sofá!!!!!

1- Sofá
2- Escada
3- Carro
4- Cama (e eu que achava esse o local mais ingênuo do mundo!!!)
5- Cadeira
6- Mesa da cozinha (sem facas, vale ressaltar)
7- Jardim
8- Banheiro (só na oitava posição!!!!)
9- Escrivaninha (sim, sem comentários para esse móvel tão estudantil)

Segundo o jornal, cerca de quatro em cada dez entrevistados já quebraram algum objeto durante o sexo. O custo médio do estrago, apontado por eles, foi de 157 libras (cerca de R$ 415). Pra completar a bizarrice, a lista dos itens mais quebrados na hora H:

1- Cama (olha ela aí de novo, gente)
2- Garrafas e taças de vinho
3- Porta-retratos (se tiver a foto da ex do cara é pra quebrar mesmo)
4- Cadeira
5- Xícara de chá
6- Parede (!!!!!!!!!!!!!! imagino que o entrevistado que respondeu essa era  o Homem-Aranha)
7- Gavetas
8- Porta
9- Janelas
10- Vasos (acho que o Ronaldo Ésper respondeu a pesquisa por acaso, sei não...)


E pra finalizar, outro dado mais do que curioso da pesquisa:
10% dos entrevistados declararam que já despencaram de uma máquina de lavar fazendo sexo. Lembrei, claro, da cena de sexo MARAVILHOSA do filme Pecados Íntimos!!!! É alugar, buscar inspiração e colocar as roupas pra lavar.

Irma

terça-feira, 11 de maio de 2010

Esqueci da Deputada Cidinha Campos!!!!

No meu post de ontem falando das mulheres de fibra esqueci o nome de uma!  Que nem mesmo me lembrava, pois a tempo não ouvia falar dela.

Contudo este final de semana, conversando com a minha amiga Rosinha, sobre as eleições e em quem votar, falei que faço questão, e isto já a vários anos, de votar para candidatas mulheres, pois acho que temos muito pouca representação política neste país.

Esta é uma opinião que tenho desde sempre.

E não é que, agora mesmo, recebi um email de uma amiga me mandando pelo youtube um video da Deputada Cidinha Campos do PDT do Rio de Janeiro flando sobre corrupção e sobre os políticos que "mamam"...
Gente simplesmente fantástico!!!!

Dêem uma olhadinha, são sete minutos que valem a pena!

Taí Dona Cidinha Campos.... vai pro nosso blog com honra e mérito!!!  Como mais uma mulher de Fibra!!!
Porque ir pro plenário e METER A BOCA como ela fez merece aplausos!!!!

beijocas,

Mari.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mulheres de Fibra!

Ouvimos muito falar dos grandes homens que mudaram a história.  E ouvimos muito pouco das grandes mulheres! Há muitos filmes sobre muitas personalidades importantes masculinas que mudaram o curso do mundo, sendo para o bem, sendo para o mal. Os super heróis em sua grande maioria são masculinos, e quando são femininos, elas têm um lado meio ambuiguo, são estranhas. Nos contos de fadas, as mulheres são quase sempre muito passivas! E ficam lá esperando alguém que as salvem! Depois não entendemos porque tanta manipulação,tanto marasmo, tanta vitimação!

Precisamos de modelos, bons modelos femininos para nos inspirarmos. E temos muitos! Apenas são pouco divulgados e quando bons filmes femininos, de personagens femininos são feitos, a renda não é tão significativa. Vou dar alguns exemplos: Filmes com a Vida de JFK, Martim Luther King, Mandela, Ray Charles, Hitler, Gandhi, Behtoven, Mozart, Henrique VIII, Zumbi, Picasso, Van Gogh, Modigliani, Juscelino Kubitcheki, Lenin, Freud, Jung, Nietzche, Einstein, heróis de guerra que são sempre masculinos, de todas as guerras que os EUA já enfrentaram, vários presidentes e chefes de estados de todo o mundo, jogadores de futebol e outros esportes, atores, cantores, etc. O marketing ligado aos feitos dos homens é incomparável, assim como um certo marketing negativo sobre as mulheres, que são inseguras, frágeis, ou simplesmente loucas. Meio triste né?

Então aqui vai uma lista de mulheres admiráveis e maravilhosas que mudaram o curso da história e que muitas vezes foram muito incompreendidas nas suas vidas. Todas são exemplos, todas lutaram muito, todas tiveram muito o que dizer, todas foram um pouco renegadas e marginalizadas: Luiza Erundina, Madre Tereza de Cálcuta, Indira Gandhi, Winnie Mandela, Simone de Beauvoir, Elis Regina, Maísa, Eleanor Roosevelt, Hillary Clinton, Elizabeth I, Cora Coralina, Cecília Meireles, Dorothy Parker, Joan Baez, Gabriele Mistral, Rita Lee, Margareth Drabble, Golda Meir, Marie Curie, Margareth Thatcher, Santa Therezinha, Fernanda Montenegro, Ella Wilcox, Tina Turner, Katherine Hepburn, Simone Weil, Helen Keller, Marília Gabriela, Barbara Streisand, Meryl Streep, e uma de minhas favoritas Oprah Winfred, Clarissa Pínkola Estes, esta última que escreveu um dos melhores livros sobre psicologia feminina que existe e que é como uma bíblia pra mim, que não somente cito muito, como o recomendo a todos vocês:  "Mulheres que correm com os lobos" Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem, todas devemos buscar nossa mulher selvagem, é sua essência!

E cada uma de nós, em nossa magnitude e simplicidade!

Isso tudo, só para nos lembrar dos excelentes modelos que podemos nos inspirar, nas grandes mudanças que queremos muitas vezes alcançar em nossas vidas! Ah! E muito provavelmente nossas mães e avós, que de certa forma foram muito especiais e com os meios que tinham abriram caminho para nossas cabeças pensantes!
Boa noite e beijocas,
Mari.

Acometido de paixão

Um amigão me encontra em um bar e revela timidamente que está para assumir o "rolo" com uma menina. Ele está saindo com ela há dois meses. Desde então, os dois passam os finais de semana grudadinhos, vão ao cinema (embora não de mãos dadas), se falam por telefone todos os dias. Mesmo assim, nem um nem o outro tocou no assunto namoro. Até aí, nada demais, é assim mesmo. Ninguém se ajoelha e pede a mão do outro em namoro.


O curioso é que meu amigo revela que não sabe se está apaixonado, porque não sabe exatamente descrever a paixão. Eu e ele, regados a cervejas, começamos a refletir sobre o que define a paixão. Chegamos a algumas conclusões:

1- Quando você não para de pensar na outra pessoa, desde o amanhecer até o quando você se deita, como canta a Marisa Monte

2- Quando você sente uma coisa, que eu chamo de tchuco, no meio do peito, quase uma falta de ar, quando o telefone toca, inesperadamente, e você vê que é a pessoa do outro lado da linha

3- Quando você passa a cantar alto, não buzina mais quando te dão uma fechada no trânsito, nem se incomoda com as broncas do chefe. Ninguém é mais feliz que você naquele momento

4- Quando você vê alguma coisa na rua e quer ter a pessoa ao seu lado pra fazer um comentário.

5- Quando tudo na pessoa é lindo: uma cicatriz, as sardas nos ombros, os dentes tortos, a pinta

6- Quando você se esquece da existência dos amigos e passa a dedicar seus finais de semana inteirinhos com a pessoa

Claro que, depois de tudo isso, meu amigo se convenceu de que está acometido de paixão. Nessa hora, lembro do conselho das drags: Se joga, colega.

Irma

domingo, 9 de maio de 2010

Ao lado da minha mãe

Ligo para minha mãe, na sexta-feira, e ela já percebe pela minha voz que estou à procura de abrigo. Não preciso dizer muita coisa, ela logo me dá uma pequena bronca, se redime e diz:

- Você sabe da sua vida. Só quero te ver feliz!

Era tudo o que eu precisava ouvir naquele momento tão doloroso. É claro que eu teria o apoio dela, mas tinha medo de como ela iria reagir. E ela foi, como sempre, uma companheira. Agiu assim quando  eu engravidei na adolescência. Mesmo assustada, a primeira coisa que ela fez foi pedir para passar a mão na minha barriga. E me apoiou muito. Muito. Minha mãe tem o sexto sentido tão grande que é capaz de me ligar adivinhando que estou aos prantos do outro lado da linha.

Mamãe sempre foi polêmica. Ela consegue provocar duas reações nas pessoas: ódio ou amor. Sempre falou o que pensa. Zoe e Mari sabem disso. Quem a conhece, logo reconhece nela uma guerreira. Casou cedo, virgem, com o homem que ela pensou que viveria a vida inteira. Foi "abandonada" por ele, como ela sempre diz,  com duas meninas pequenas. E até hoje tenta se recuperar da rejeição. Foi trabalhar sem ter experiência: foi secretária, vendedora de avon, manicure, fez salgado pra fora, motorista de perua escolar até virar camelô - hoje ela vende chocolates, que ela mesma faz, em uma barraquinha de escola. Criou duas filhas sozinha. Até hoje se orgulha de ter uma advogada e jornalista e uma professora que dá aulas em uma escola no bairro onde Obama nasceu, em Chicago. Crescemos, eu e minha irmã, ouvindo essa frase:

_ Trabalhem, guardem o dinheiro de vocês. Nunca dependam de homem pra viver. Procurem um amor verdadeiro que preencha vocês de alegria pelo tempo que durar. Mas sejam vocês mesmas, sempre.

Mesmo com toda a braveza dela, nossas indiferenças, brigas, ela sempre me ensinou que a gente tem que estar inteiro nas escolhas, pensando no melhor. E, em nome disso, ela me apoiou ainda quando eu estava pra lá de errada.

Logo mais vou me encontrar com ela. Ela me dará bronca, certamente vamos brigar. E mais uma vez ela vai me mostrar o melhor caminho, me dar apoio e dizer que me ama. Como eu quero dizer pra ela aqui nesse blog, o quanto eu a amo.

Irma

sábado, 8 de maio de 2010

O silêncio é a pior tortura

No filme "Príncipe das Marés", o treinador Tom tenta ajudar a sua irmã, que tentou se suicidar, contando sobre a infância deles para uma terapeuta. Em uma das passagens mais terríveis, ele conta que  quando crianças, os dois foram estuprados por bandidos fugidos de uma prisão.

O irmão mais velho mata os bandidos e a mãe os ajuda a esconder os corpos, obrigando a todos a manterem aquele segredo para o resto da vida. Em sua sessão de análise, Tom conclui que o silêncio que lhes foi imposto foi pior do que o próprio estupro.

De fato, manter segredos que nos jogam pra dentro é um suicídio. Viver com uma pessoa, escondendo dela coisas importantes é uma tortura para ambos. O silêncio te permite andar, comer, dormir, conversar. Mas te impede de manter a dignidade. Você encara uma pessoa, mas esconde delas seus sentimentos mais profundos.

É melhor ser violentando, conclui Tom, e soltar o grito, do que manter preso o medo, a dor, a  incerteza. Do mesmo jeito dói, mas revelar pode ser transformador. Pois quando aquilo que se omite for maior do que aquilo que se está sentindo, então, o limite chegou. É hora de jogar tudo a limpo, dizer o que se sente e buscar, de alguma forma, encontrar um jeito de caminhar mais inteiro.

Irma (pronta pra se revelar)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Doença, talvez a maior das solidões!

De uns anos pra cá eu CAMINHO!!!!  E caminho muito. Sou quase que uma companheira fiel do JohnnyWalker, o que me fez lembrar de um email engraçadíssimo que recebi que diz "misturei Activia e Johnny Walker e agora estou CAGANCO E ANDANDO..." HAHAHAHA..... amei, claro!

Mas na verdade gente eu não misturei não e estou andando mesmo e muito felizinha...
Me dá uma paz... eu geralmente ando nas ruas. Como moro na Teodoro Sampaio, pego a Cristiano Viana e vou em linha reta até a Brigadeiro Luiz Antonio e volto fazendo umas voltinhas interessantes e observando as lindas casas dos Jardins. Às vezes vou pela Groelândia, geralmente de finais de semana, e vou variando e suando muito e me sentindo mais leve! Nos dias de semana este ritual é feito às cinco horas da manhã, então ainda é noite e quando estou voltando por volta das seis e quinze o dia está amanhecendo e o céu tem tonalidades de azul e rosa que deixam qualquer poeta inspirado!

Este novo hábito saudável me mudou como pessoa, junto a outras mudanças que ultimante institui em minha vida.   Acontece que como quase tudo em minha vida, andei exagerando e havia dias em que eu andava por duas horas ou mais.  Resultado: comecei a sentir dores nos pés, em especial meus calcanhares. Como não gosto de esperar até aonde vai dar e a dor estava forte e começando a me impedir de curtir meus momentos Johnny, resolvi ir ao médico e resolver a pendenga.

Depois da consulta, fui direto marcar os exames, entre eles Ressonância Magnética dos pés e calcanhares, punho, braço e cervical (como vcs podem ver eram várias dorezinhas e como tive um problema sério em minha cervical a uns três anos, nada melhor do que aproveitar a consulta e já checar tudo right?).
Não sei se vocês já tiveram a magnífica oportunidade de fazerem Ressonância Magnética mas é realmente um experimento!  Como sou uma pessoa GRANDE caber naquele túnel já é desafiador...Bom nem vou por aí senão este post será interminável!

Em todo caso eu estava bem feliz comigo mesma pois como toda mulher sensata e independente já havia tomado providências para sanar os probleminhas, e poder voltar feliz às minhas maravilhosas caminhadas pelos Jardins (que não são do Éden mas chegam perto, morar ali deve ser o paraíso!!!!).

Mas ao pegar os resultados me deparei com algumas surpresas bem desagradáveis. A cervical não está mesmo muito legal, vamos ter que fazer RPG de novo! Os pés estão mesmo com problemas, inflamados, o que significa parar as caminhadas por um tempo e fazer fisioterapia, e um início de tendinite no braço e punho, até aí lugar comum....já esperava.
Então acharam um nódulo na minha Tireóide. Bom, acho que todos vocês sabem que nódulo pode significar Câncer. Tenho dois nos seios que faço contínuos exames para me certificar de que eles continuem não significando nada, até mesmo porque minha mãe teve Câncer de seio (está curada, foi diagnosticada bem no começo e sofreu uma mastectomia mutiladora a mais de 15 anos, mas é um fato a ser considerado), e meu pai morreu de Câncer (rapidamente, praticamente em dois meses). Isso tudo impactua a gente quando o resultado de um exame diz que você tem um nódulo, seja onde for.

Fiquei muito triste e com muito MEDO! Não era o que eu queria enfrentar neste momento em minha vida.  Me senti muito só. Ninguém pra segurar, nem minha mão, nem a peteca da situação. O sentimento "pode ser que eu tenha que enfrentar um câncer" bateu em mim com um taco de baseball!
Me lembrei da minha mãe, me lembrei do meu pai, me lembrei de uma grande amiga que enfrentou um terrível, hoje está curada, mas a barra foi muito pesada, todas as características inerentes a esta doença nada compassiva. Pensei no trabalho, sou autônoma, como farei se tiver que parar de trabalhar? Minha família mora no interior, meu plano de saúde é daqui! Enfim em cinco minutos ou menos passa absolutamente tudo pela sua cabeça.

E então vem aqueles pensamentos malucos...Por que isso agora nesse momento tão bom da vida?  O que será que tenho que aprender com isso?  Será que é porque não me casei, não tive filhos e os hormônios ficaram loucos e revoltados? Será que agora os nódulos do seio vão se tornar cancerígenos também porque nunca amamentei uma criança e não tive filhos? Será que o mioma que tenho no útero também vai se transformar em câncer como uma vingativa resposta a minha infertilidade? E comecei a ter dó de mim mesma, o que é um sentimento escabroso, porque te leva a impotência.

Eu sei, eu sei, está um pouco dramático demais. Mas deixa eu te falar amiga, quando a dor é sua e só sua, todo poder de racionalização e coerência vai pras cucuias (que eu também não faço a menor idéia de onde seja...junto com as Conchichinas... hahaha...).

Pra tranquilizar, meu irmão caçula que é médico, no mesmo dia já começou me apaziguar, "vamos fazer os exames de sangue e um ultrassom, mas muito provavelmente não será nada, isso é muito comum em mulheres da sua idade" (outra coisa que ninguém está disposto a ouvir...mas tudo bem!), "se for malígno é fácil de se operar e estatísticamente um dos mais curáveis e simples". Depois, meu médico pessoal já deixou os pedidos de exame na portaria do seu consultório e também me tranquilizou, vamos esperar os resultados, as chances de não ser nada são maiores do que de ser alguma coisa (interessante!!!!).

Depois de um primeiro momento de choque, medo, revolta, paralizia e impotência, fui normalizando, conversei com algumas queridas amigas e amigos, fui me fortalecendo e estabelecendo prioridades. Eu fui voltando pra mim, reganhando minha confiança em mim e na vida e entendendo que seja lá o que for que acontecesse eu iria enfrentar e se a Deusa quizesse não seria nada muito terrível!

Bom, o exame de sangue já ficou pronto e deu tudo normal, o ultrassom farei na semana que vem, mas já estou bem confiante de que será somente mais um nódulo que terei comigo, junto aos dois do seio e ao mioma (íncrivel com vamos nos encaroçando com a vida!!!!). E semana que vem começarei a fisioterapia e meu ortopedista disse que com certeza posso voltar a caminhar, mesmo agora, só que mais comedidamente, eu e meus momentos Johnny, mais light, com água e gelo, e sem energético!!!

Mas queria dividir isso com vocês. A doença nos revela nus! Sós e despidos de toda e qualquer arma, seja intelectual, seja financeira, seja social. A doença nos mostra a nós mesmos, nos desvenda, nos arrebata de forma imperdoável, nos individualiza como no nascimento ou na morte, somos só nós, sou só eu!

beijocas,

Mari.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Os homens dominadores e as mulheres vítimas!!!

Claro que o contrário também existe e muito!  Tem muito homem que adora uma mulher mandona! E tem muita mulher que exerce o papel de general como ninguém. 
Mas hoje vamos falar do lugar mais comum, que vem de séculos de história de repressão feminina e homens que em nome da manutenção da família e "status quo" se sentem na obrigação de dominar, controlar, mandar, como se sua companheira fosse uma retardada incopetente, incapaz de tomar qualquer decisão sensata.  Eu sei gente, me empolgo e pego pesado!  Mas é que fico simplesmente PUTA DA VIDA com essas coisas.

Esse tema começou devido a uma conversa, uma a mais de minhas "fluency class" com um aluno muito querido, gente boa mesmo, adoro ele, me parece um cara sensato, inteligente, sabe aquelas pessoas "DO BEM", pois é, ele é. E como eu estava falando do blog, que queria que ele desse uma olhadinha etc, falei do texto que escrevi para os homens bons, e sobre o quanto o feminismo é interessante para os homens também!  Então ele começou a me contar dessa conhecida dele, que depois que se casou parou de trabalhar para se tornar dona de casa (ou seja, pra mim dona de nada!!! nem dela mesma!!!!).  O marido é muito bem sucedido, mas ele "obrigou"(este foi o termo usado por meu amigo aluno) sua mulher a parar de trabalhar para cuidar da família.  Ela é formada em uma das melhores universidades do país em sua área, e gostava de trabalhar, e pelo que se sabe era boa no que fazia.  Então eu perguntei, bom quantos anos eles têm, porque em minha opinião isso influencia sim e muito!  O mundo está mudando vertiginosamente e Graças à Deusa (adoro isso!!! e faço de propósito pra encher o saco mesmo! quem foi que disse que Deus é masculino?), nos últimos anos tanto as mulheres como os homens são muito melhores e mais sensatos!  Pelo menos aqui no ocidente, o oriente e loucuras que por lá acontecem ficarão para um próximo post! Anyway, tô caindo de banda de novo e perdendo o fio da meada.

Gente, o casal em si tem MENOS DE TRINTA E QUATRO ANOS!!!!! que P.....que tá acontecendo com esse povo?!?!  São Classe média alta, educados, tem filhos, cachorros etc.  E agora que ele mudou de emprego, pra um melhor e tá ganhando mais e viaja muito e não vem mais almoçar em casa etc.... ela tá achando que pode ter outra na jogada e blá blá blá....
Ou seja, o cara que continuou a enfrentar a vida e o mundo, tá subindo como um foguete e "manda" (literlamente) em todo mundo em casa, nos filhos, nos cachorros e em sua mulher, que ele trata também como filha e não como companheira. Ela se sentindo super insegura, fica em casa, cuida de tudo e sente o MEDO! Esse é o horror das pessoas que se desligam do mundo social pra viver só em família. O medo de se tornarem substituíveis e por alguém melhor, mais competente, mais inteligente, e por que não dizer mais independente?

Eu argumentei que acho isso péssimo para as mulheres e para o casal e para o casamento.  Que mulher TEM que trabalhar fora de casa, a parceria é dos dois, então os dois trabalham e os dois contribuem. Nem vou falar de salário e o poder relacionado a quem ganha mais.  É injusto pois os homens ainda ganham mais em praticamente todas as profissões!  Mas é muito importante, como disse a Irma outro dia, você não ter que pedir dinheiro nem pra comprar absorvente, nem para uma calcinha nova!

Meu querido amigo aluno disse que não é bem assim e que muitas mulheres estão muito felizes desta forma, que não se sentem vítimas e que caso se sintam, gostam desta posição submissa, que bastava eu dar um pulinho no shopping Morumbi à tarde e vê-las todas lá felizes, comprando!!!!  Ual....será que é isso mesmo gente???

Não acredito e não acredito mesmo!  Acho que bem no fundo uma mulher que estudou e que tem plenas condições de ser bem sucedida por ela mesma, não é feliz assim.  Lógico que ter um cartão de crédio com um limite legal é fantástico, mas é fantástico quando você não tem que dar satisfação disso a ninguém, nem dar cheques pré-datados dissimulados ou entrar com sacolas uma a uma dentro de casa. Barganhar conta bancária é um porre! É a tal da prostituição aceita socialmente.

Eu tinha um amigo que confessou, ou melhor, contou como vantagem, que toda a vez que a mulher usava o cartão de crédito ele recebia uma mensagem no celular dele!!!! HELLOOOOOOO!!!!!! E que ele já sabia a loja e o valor! Isso não é parceria nem aqui nem na Conchichina (que aliás não faço a menor idéia de onde seja!!!hahahaha...). 

Se isso não é ser vítima, de uma realidade que as mulheres próprias perpetuam pra elas mesmas, então não sei mais o que é ser vítima. E sabe o que é mais triste? É que ele, o marido,  não está errado!  Pois ela aceita isso e responde às regras impostas por esta relação.  O erro é da mulher que se sujeita, compactua e responde às regras.  Se queremos mudanças temos que nos mudar. Temos que parar de deixar o dinheiro ditar as regras.  O dinheiro pode ser muito perigoso! Assim como a dominação, a submissão e a vitimização.

Acompanhada desse jeito???  Nem fodendo!!!! (pardom my french!), melhor mesmo sozinha! Mas dona de mim mesma, senão de nada mais! 
Eu procuro um parceiro, não um cartão de crédito, ou um dono, ou alguém que ache que a família é mais importante que a minha realização pessoal, porque a minha realização pessoal sou EU!

beijocas,

Mari.

P.S. Eu te amo


Após um longo e tenebroso dia de trabalho, chego em casa, brinco com a minha cachorra. Com preguiça, abro uma lata de atum sem óleo e como com bolachinhas light.

Depois de um tempo, abro um livro daqueles bem tranquilos (mas em inglês só para ver o quanto eu ainda preciso estudar…) e ligo a tevê. (Por que sempre fazemos isso? Duas, três coisas ao mesmo tempo???)


E aí passa uma novela e começa o futebol. Eu, automaticamente, mudo o canal e um outro filme começa: P.S. Eu te amo.
 

Três cenas depois, e começo a chorar. E o choro continua, apesar de muitas cenas e boas risadas.
 

E resolvo ligar o computador. E escrever exatamente o que eu sinto agora, exatamente neste momento.

O quão pequena me senti com algumas palavras. O quão triste fiquei em lembrar um namorido, que virou um grande amigo e faleceu aos 39 anos. E que tinha o mesmo jeitão divertido do maridão do filme.
 

E reconhecer que o amor vem mesmo com as diferenças, com as dificuldades, com o tempo. Mas principalmente com o respeito e com o querer.
 

Um dia me disseram que um amor se cura com outro (num sei...). Mas antes, você tem que passar pelo luto. E que esse luto é similar à morte de um ente querido. Mas passa. Você sobrevive e tem que se abrir para a vida novamente. 

Eu acredito nisso. Mas num deixo de chorar, sofrer e até rir, como sempre!
 

_Vai ver ele num te amava tanto quanto a nós (e sempre as amigas do lado…)
 

E no final descubro a mesma coisa: como sou romântica, frágil! E... ai... fiquei com vontade de me apaixonar. E lá vem o filme...

_Não tenha medo de se apaixonar de novo. 

Um cheiro, Zoe. 




P.S. É lindo. Cheio de boas mensagens. Água com açúcar... Vale a pena! 

Temporão, o garanhão

O ministro Temporão causou ao alardear pelos quatro cantos do país que fazer sexo seguro evita os riscos de pressão alta (24% dos hipertensos não fazem sexo). Eu achei o máximo ele ter feito essa campanha nacional. Pegando carona no tema, a revista Época dedicou páginas para falar dos benefícios do sexo: alivia o stress, queima calorias, eleva os batimentos cardíacos, os índices de felicidade, e tantas outras coisas boas.

Mas o que causou fuzuê na arquibancada e na geral foi a declaração de Temporão para o povo fazer sexo cinco vezes por semana. Jornalitas correram pra entrevistar a mulher dele, uma médica, que riu bastante declarando que o maridão dá no coro, sim. Temporão agora é meu ídolo!

Casado há mais de 20 anos e dando no coro cinco vezes por semana! Uh-la-lá! Conheço casais, muitos, que estão casados há apenas dois anos e que quase não fazem sexo. Meses e meses sem intimidade, apenas carinho, beijinhos públicos, caminhadas de mãos dadas. Para quem vê de fora, tudo está aparentemente lindo.

Algumas conhecidas falam em ter filhos, mas revelam que não fazem sexo há meses. Culpam a vida corrida, o dia-a-dia. É assustador. Se estão assim aos 30 anos de idade, fico pensando o que será quando elas realmente  tiverem filhos.

Em seu novo livro "Lições de Amor", Francesco Alberoni, um estudioso sobre relacionamentos, diz que os casais precisam espantar a preguiça. Ele fala que é fundamental para marido e mulher não deixar o desejo cair. E sugere um exercício constante de sexualidade. "O erotismo, como qualquer outra atividade humana, só existe enquanto for exercido e aprimorado", diz o autor, que tem 80 longos anos de vida.

A dica é dar o primeiro passo e fuçar o que pode estar atrapalhando: horários que não combinam, programas demais em família, falta de atenção em pequenos detalhes como um cabelo novo da mulher, ou um pedido de carinho e atenção do marido. Sempre morro de rir com a cena do filme "As Domésticas", em que uma personagem fica incomodada porque não faz sexo com o marido, que passa horas na frente da  TV na sala. Após dar  um pé no marido, ela arruma um namorado e tira a TV da sala, para evitar que o fantasma do marasmo se instale na casa novamente. Resultado: passa a transar loucamente no sofá, que de inimigo passou a aliado do orgasmo.

Então, melhor seguir o conselho do nosso ministro garanhão: Deixe a preguição de lado, arreste o sofá, tire a TV. E bora fazer sexo!

Irma

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Calcinha bege contra sexo

*momento divertido*

Gente, na boa, outro dia, em plena festa surgiu o assunto "calcinha bege". Entre opiniões difusas e confusas, o melhor foi a frase de uma amiga:

_ Uso calcinha bege quando vou ao primeiro encontro para ter certeza de que não vou transar com o cara. Porque "de bege" ninguém merece!

Tenho que concordar. Lembro que já conversamos isso no post "Mulher de calcinha bege quer se divorciar". Aumento para "Mulher de calcinha bege não quer transar"!

E mais: não pensem que apenas uma mulher concordou que usa essa mesma estratégia. E tem outra mais radical para garantir o primeiro encontro-seguro-sem-sexo-casual-e-apaixonado: abortar a depilação.

Pode?

_Quer dizer que só força de vontade num rola, né? Sei, sei...

Um cheiro, Zoe. 

terça-feira, 4 de maio de 2010

Quando você reencontra o amor

Todo mundo que me conhece sabe que para certos assuntos eu sou mais suiça do que qualquer pessoa em sã conciência (e às vezes me chamam de Poliana por isso). O fato é que sou daquelas pessoas que se dão bem com ex-namorados, ficam amigas das atuais namoradas e chegam até a participar dos casamentos dos próprios. Até aí, tudo bem. É fácil.

Mas tem aquele cara.

Aquele cara com quem você teve um relacionamento “forte” há 10 anos, mas toda vez que encontra com ele num dá certo. Tudo volta! Inclusive a vontade de viver aquele amorzão de novo. Mas, claro, isso é impossível! Por mais que a vontade, o desejo, a voz, a boca, o cheiro, o jeito, o olhar, a mão, o cabelo, aquela frase impulsionem essa doideira, tenha certeza de que nunca será a mesma coisa. Talvez até role um ou outro momento legal, mas a coisa num é como aquele sonho.
 

Falta alguma coisa. Talvez coragem de se entregar, talvez mais um tempinho para que as coisas se ajeitem. Talvez.
 

Hoje foi assim. Reencontrei o meu amor (ou vício?). Afinal, além de tudo ele é da família. E no meio do jantar, começa a incompreensível conversa sobre o que aconteceu na “última vez que nos encontramos”, “por que a gente num deu certo”, “por que você ficou com ela”…
 

E no final, a certeza de que por mais que tudo indique um lado, você pode (e às vezes deve) escolher o lado exatamente oposto. Por mais difícil que pareça ser aquele infinito e quase impossível momento.
 

E assim como veio, toda aquela avalanche de sentimentos confusos se esvai. Sobra o prazer de ter escolhido você.

um cheiro, Zoe.  

P.S.: O mais interessante é que somente após escrever esse texto, encontrei o texto da Irma, Condições de Entrega no Amor... Concordo 110%! Obrigada!


segunda-feira, 3 de maio de 2010

COMPRAR OU NÃO COMPRAR??? Eis a questão, do sapato novo ao vibrador!

Dilema, dilema, grande dilema!  Dizem as más línguas, que é bem mais feminino que masculino o tal dilema, e no quesito sapatos tenho que concordar com elas. Gente um bom sapato novo ameniza qualquer dor! Tenho que confessar ADORO COMPRAR SAPATOS!!!

Comprar sapatos, mesmo pra mim que calço 40 (!!!), é simplesmente maravilhoso!  Você vai experimentando, experimentando e cada novo par que coloca nos pés é como se estivesse vivendo uma nova aventura, como se pudesse se ver andando neles, indo e voltando na sua vida, momentos que só estes sapatos poderiam te propiciar e quando vê já comprou três pares novos!

E as liquidações!!!!  Ai, ai, ai... lá vai o cartão... O mais engraçado é quando estamos tentando nos convencer de que PRECISAMOS daquele novo par. hahahaha....E quando recebemos a revista da Shoestock???? (recebi hoje... gente os modelitos estão lindos!!!!), não é de matar???

Experimente hoje depois desta leitura, destinada totalmente ao entretenimento (sério, hoje nada aqui é sério!), contar exatamente quantos pares de sapatos você tem.  Ah! E vale tudo, tênis, chinelinho de quarto e havaianas... Tenho certeza que você vai se surpreender.

Uma vez eu estava numa fase tão maluca que comprei de uma só vez mais de ... pares de sapato!  É isso mesmo, tenho vergonha de contar.  Mas como disse ao vendedor que foi me ajudar a levar tudo pro carro  e os colocou em sacolas separadas dizendo que eu poderia chegar em casa com uma sacola de cada vez, no que eu perguntei, ora, por quê? E ele, bom... sorriso amarelo!  Me dei conta da razão e disse pra ele:  Não, não, meu amigo, quem paga tudo sou eu mesma... não tem que esconder nada não, nem dar cheques pré-datados com siglas indecifráveis!!! E pro amigo, que naquela mesma sexta-feira à noite perguntou por que eu estava indo embora tão cedo (depois de barbarizar comigo por causa da compra de todos aqueles sapatos!) eu disse: Porque, bonitão, trabalho no sábado, afinal, quem você acha que vai pagar todos aqueles sapatos!!!!??? É isso aí, a gente se mata, mas compra e geralmente PAGA! Pelo menos no meu caso!

Mas deixando os sapatos de lado, infelizmente... há inúmeras coisas que se tornam objetos de nosso desejo, e nessa cultura capitalista, consumista em que crescemos, nos vimos acreditando que ao consumir estamos mesmo ajudando a economia do país e preservando os empregos! Ainda mais agora que nós mulheres nos tornamos alvo! Pois temos poder de compra! Somos importantes e os marketeiros estão aí trabalhando muito pra nos atrair. E devo confessar estão se dando bem.  Tudo hoje tem uma versão feminina, até mesmo os sex shops, há alguns especializados para mulheres, em que os produtos nos são devidamente explicados, e gente: EM MÍNIMOS E ESSENCIAIS DETALHES...!!!! OBA... por mulheres!  É mesmo muito legal.

Temos que ter cuidado, contudo, pois é tão inebriante a sensação do consumo que por vezes parece que estamos querendo preencher vazios interiores com coisas, itens que, na verdade, depois de adquiridos ficam no armário e perdem o sentido, nem sabemos ao certo qual foi o apelo que nos fez comprar.

Às vezes tudo o que queremos é uma boa companhia, um bom abraço, um bom vinho, uma boa risada e estamos descalças mesmo!!!!

beijocas,

Mari.

Condições de entrega no amor

Acabo de ler um texto da escritora Martha Medeiros, na revista do Globo, no qual ela discute por que algumas relações não se sustentam, mesmo quando há amor e desejo. Segundo ela, o romance não basta. É preciso ter condição de entrega. Ela dá algumas dicas para conseguir isso, que compartilho aqui:

1- Um casal não pode ter competitividade. A condição de entrega se dá quando ambos jogam no mesmo time. As posições podem ser opostas (um mais rápido, outro mais lento, por exemplo), mas os dois devem vestir a mesma camisa.

2- Na relação, não pode haver julgamento sumário. O que um disser não poderá ser usado contra ele no futuro pelo outro. Um pode não concordar com as ideias do outro, mas jamais desconfiará da sua integridade

3- Um não deve fingir que não pensa o que, no fundo, pensa. Nem fingir que não sente o que, na verdade, sente.

Nenhum dos dois deve sonegar uma parte de si para conviver com o outro. Enquanto estiverem juntos, é preciso haver entrega. "Se a relação acabar, tem que ser porque o desejo minguou, porque o amor virou amizade, ou porque os dois se distanciaram".

Irma

domingo, 2 de maio de 2010

Coisas que fazemos a sós

Dois homens conversavam a sós na sala. Já passava das 2 da manhã e eles haviam bebido alguns muitos goles de vinho. Falavam de intimidades quando um disse ao outro gargalhando:


_ Adoro poder fazer xixi sentado e de porta aberta quando minha mulher não está em casa.

O outro ri e concorda. Também revela que gosta de fazer xixi sentado como as mulheres, mas só se permite fazer isso a sós, para evitar qualquer  comentário da mulher.

Eu, que estava na cozinha da casa, ouvi aquilo e achei muita, muita graça. Nunca, até então, havia imaginado que os homens podem fazer xixi sentado. Isso inverte toda a lógica masculina que haviam me ensinado. E pensei em quão careta a gente é. Por que fazer xixi sentado é algo feminino? Ok, alguém vai dizer que o órgão masculino pede que se faça xixi em pé, mas não é sobre as diferenças anatômicas que quero discorrer aqui. E, sim, sobre as coisas secretas que fazemos quando estamos sós, mesmo vivendo com outra pessoa. Os segredos de liquidificador, como diria Cazuza.

Confesso que a-do-ro ficar horas sentada, lendo uma revista feminina e tirando os pêlos das pernas, no intervalo entre as minhas idas à depilação, com uma pinça. Sou capaz de fazer essa bizarrice sem ver a hora passar. E sozinha. Detesto ter companhia nessa hora (e duvido que alguém vá querer, em sã consciência, compartilhar esse momento nada lúdico comigo). É intimidade demais, agora escancarada nesse blog.

Conversando com dois amigos queridos sobre pequenas coisas que fazemos escondidos, um deles me contou que gosta de comer pão com manteiga e requeijão tudo misturado. Sim, para ele isso é tão estranho que ele não costuma fazer isso na presença de outra pessoa. Um outro amigo revela que gosta de cozinhar pelado.

Enfim, no escurinho e no fundinho de cada um há espaço para segredos e bizarrices que só são possíveis a sós. E como diria Nietzsche , "nada do que é humano é estranho". Ou não? Bom, quem quiser pode revelar o segredinho pra gente, sem som mesmo, aqui nos comentários do blog. Em troca, a gente promete não rir em voz alta.

Irma