terça-feira, 27 de abril de 2010

Esposa ou Gueixa?

Conheço uma amiga que “namorou” um cara casado por cinco anos. O interessante é que ele era super presente: saía da casa dela todos os dias pra lá de meia-noite, depois de um belo jantar, muito vinho, risadas e “otras cositas”. Melhor impossível.

Ou não.

Depois de certo tempo, com a chegada “de tudo aquilo que os namorados fazem juntos”, como aniversários, festas de final de ano, da empresa e tudo mais, as coisas mudaram. A vontade de compartilhar o “namoro” com os amigos e ter companhia em eventos sociais, fez com que o desejo de tê-lo só para ela aflorasse.

Claro que muitas conversas, choros e brigas depois (além de alguns anos...) os dois se separaram de fato. O que ficou foi a certeza de que a esposa oficial tinha o seu lugar cativo. Além da questão financeira, o papel social da esposa era claro e muito bem cumprido: ela não trabalhava, cuidava das crianças e tudo mais. Do outro lado, uma executiva, que trabalhava enlouquecidamente, com personalidade forte, cheia de opiniões e vontades. Mas sempre disponível para aquele homem.

Com uma, ele partilhava a vida social e familiar; com a outra, os desejos e a possibilidade de discutir coisas do "mundo dos homens". Uma era a esposa, servil, recatada e socialmente apresentável. A outra, era como uma gueixa, que estava disponível 100% durante aquele período, onde prazer e soluções para o trabalho se misturavam. A gueixa ajudava na vida profissional da mesma forma que a esposa apoiava a família e tudo mais.

Por incrível que pareça, o rapaz parecia gostar muito da gueixa, mas não conseguia deixar a esposa. A balança não pendia para um único lado. E isso é mais comum do que parece. Se ele não se decidiu, ela o fez. Sofreu, claro. Mas prefere assim. Hoje está tranquila.

Cabe às gueixas escolherem de fato se o título lhes pertencem. Uma outra conhecida minha, namora um homem casado desde a época da faculdade (e lá se vão quase 20 anos...) e, pelo o que sei, está muito feliz, obrigada!

Gueixa, Helena ou Porcina, não sei. Certo ou errado, num posso julgar. A felicidade é composta por milhões de detalhes e somente as personagens que fazem parte daquela história podem decidir.

Às amigas, resta oferecer um ombro amigo, colo e paciência e persistência. Ah! E um pouco de chocolate também.
 
Um cheiro, Zoe.

3 comentários:

  1. Nem gueixa, nem esposa servil. Prefiro a opção que tua amiga fez. Beijos, Irma

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  2. Minha opinião é de que eles não vão tomar uma decisão dessas nunca. Sei que há alguns (raros casos) homens que se decidem, mas na maioria das vezes eles esperam ate o momento da 'gueixa' tomar sua decisão.

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  3. Querida Zoe,
    Difícil.... Decisões de relacionameno são sempre difíceis. Principalmente se há paixão, emoção, compromentimento (seja de que jeito for!), amor...
    Acho que as mulheres devem decidir por elas mesmas, mas é preciso nos conhecer bem para podermos. Uma vez tomada, a vida se reapresenta para continuarmos.
    Você apresentou perfeitamente o dilema, sua amiga escolheu ela mesma, aposto que se orgulha disso, mas o que eles viveram é só deles, e deles ninguém tira.
    Quem viveu, viu.
    beijocas,
    Mari.

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