segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Oi gente!

Faz um tempão que não escrevo. Na realidade, que não escrevemos! As três entraram num ritmo frenético e descompensado. Cada uma com seu objetivo e metas a cumprir. Como todo mundo, não é?

Resolvi escrever a vocês também para contar um pouco do que anda acontecendo. Talvez até para desopilar a alma... Escrever faz bem para mim. Sempre me ajudou a clarear as coisas e a encontrar novos caminhos. Quem sabe?!

Das três, sempre fui a quem escreveu menos e, verdadeiramente, a mais “cinza”... É verdade.  E tudo bem. Cada um tem seu jeito, não é?

Assim sou eu: confusa, densa, às vezes colorida, outras em tons de cinza. Alegre, triste, esperançosa, romântica ao extremo, um pouco tímida, apaixonada pela vida, mas nem sempre sabendo vivê-la.

E aí entramos no bate-papo que queria ter com vocês. Nesses últimos meses minha vida deu uma outra virada (estou virando malabarista... aff...). Se eu tinha problemas no trabalho, ficar sem ele foi ainda pior. Seis meses de geladeira, algumas propostas não realizadas e a esperança por meio de um convite amigo.

Aqui estou eu: voltei ao mercado já faz algum tempo. Melhor do que zero a zero, mas preciso fazer uns frilas para compensar a redução de renda. Com isso, meu foco agora é o trabalho. Nada apaixonante, mas paga as minhas contas (qual a porcentagem de pessoas que conseguem amar o que fazem e ganhar o suficiente mesmo??!). Vamos em frente!

E a vida, como está?
Minha mãe está com Alzheimer. Nada bom. Nada bom mesmo. O que antes era apenas um esquecimento aqui outro acolá, hoje começa a mudar a vida da família inteira. Médicos, remédios caríssimos, uma sensação enorme de impotência e a certeza de que logo mais não terei a minha mãe comigo, apenas um corpo com uma mente confusa.

Romance?!
Nada. Minha auto-estima anda muito baixa para pensar em olhar para o lado... Com essa confusão toda, a comida tem sido meu maior conforto. Nada bom para quem já estava acima do peso e agora explodiu!!! 

E para complicar um pouquinho mais, a coisa de pegar frilas faz com que o trabalho avance nas horas livres. Com isso, me distanciei dos meus amigos. Hoje, sou mais uma amiga virtual do que real. Os convites para sair, jantar ou apenas ir à casa de alguém para um café estão ficando cada vez mais escassos. E isso é péssimo para a alma... (Mas não se preocupem, não sou daquelas que despejam tudo o que acontece durante aquele café com amigos... Pelo contrário: poucos sabem do que acontece no meu dia a dia)

Então, hoje, após dois dias de dor de cabeça e ainda com dor de cabeça, vindo para o meu “amado, mas paga as contas, trabalho”, depois de ver alguns posts de amigos no final de semana, pensei:
- Qual é o meu turning point?

Ou melhor: qual a profundidade do seu poço para que você, Zoe, acorde e resolva, de fato, fazer alguma coisa?! Kkkk... Bem mais claro assim, não é?

A primeira coisa que decidi fazer é marcar alguns médicos para mim. A segunda começar a estudar de novo. O quê? Ainda não sei. Mas sei o quanto me faz bem estudar. A terceira é fazer um exercício por semana: pilates. Começo dia 7 de novembro. Já está marcado.

O resto é conseqüência. Dizem que o universo conspira a seu favor.  Eu acredito nisso. E estou alerta. Dificuldades todos têm. Tenho absoluta certeza de que, ao lerem o que escrevi, muitos pensaram em suas próprias vidas. Uns se encontraram mais, outros menos. Uns simplesmente pensaram “oras, mas todo mundo tem problemas”, outros “putz, eu também preciso fazer algumas coisas pela minha vida”...

Para fechar, uma mensagem que recebi do Tadashi Kadomoto, que sintetiza bem o que escrevi...

"Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: ‘Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.’ Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: ‘Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?’ Se a resposta é ‘não’ por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa."

Pois é...

Um cheiro!
Zoe

3 comentários:

  1. Querida amiga...
    Mais pura verdade. Estamos cada uma dentro do seu momento e tentando...
    Adorei seu texto, vindo da alma! Muita força neste momento amiga e uma coisa de cada vez mesmo.
    beijocas,
    Mari

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  2. Salve, aleluia! Já estava com síndrome de abstinência de vocês!
    Bom ter notícias tuas, mesmo que não sejam assim tão boas, mas se você já decidiu sacudir a poeira é um bom começo.
    Sinto pela tua mãe, minha vó teve Alzheimer e sei o quanto é triste, hj mesmo vi um vídeo sobre o assunto no blog de uma amiga e agradeci à Deus pelo avanço galopante da doença tê-la levado logo embora, pois não sei se suportaria isso por mais tempo.
    Quanto ao resto, aos poucos as coisas melhoram, vou dizer o meu ditado preferido: "É no andar da carroça que as melancias se acomodam."
    Bom te ver de novo por aqui.

    Beijos

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  3. E vamos em frente! ;)
    O caminho do coração é sempre o melhor, né!
    O que importa é fazer algo, no mínimo, o possível.
    Orgulho de vc.
    Bjs

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