terça-feira, 9 de novembro de 2010

A ciumenta do Paraíso

Queridos e queridas, tenho que confessar: já fui a ciumenta mais terrível de toda a face da Terra. Acho que nem Mari e Irma sabem desse meu passado... Hoje, todos me chamam de Suiça (aquele país neutro, sabem?) por causa do meu bom relacionamento com os "ex-es" e suas namoradas/amigas.

Mas vamos aos fatos!

Dia desses encontrei com um super-ex-namorado. Fazia tempos que não nos falávamos. E claro, a coisa toda veio a tona.

Namoramos quando eu tinha 19 aninhos (faz um tempão...), fui a primeira namorada séria e a única ciumenta desse jeito. E juro, ainda não sei porque fui tão neurótica com ele! A patologia era grave e atingia não só ele, mas a família e os amigos também. Meu apelido era Sargento!!! Que tal?

Eu era daquelas que fazia escândalos na mesa do jantar, saía batendo porta e não deixava ele falar com a melhor amiga, que, por azar dele, morava na frente da sua casa. Por sinal, azar era o nome do garoto: qualquer deslize sem gravidade ou qualquer consequência, eu sempre pegava e, claro, transformava em um grande acontecimento. Foram anos bem animados...

Numa dessas, eu cheguei até a comprar um maço de cigarros da marca que a amiga dele fumava apenas para colher verde. E colhi! Essa é uma das pequenas histórias...

Sinceramente não lembro de quase nada. Mas dei muita risada com as várias que ele contou com o jeito divertido dele de sempre. E disse que ele deveria escrever um livro de auto-ajuda contando todas as histórias e também dando exemplos de como ele deveria ter agido. Afinal, a dinâmica do casal depende das ações do casal, correto? Então a minha insanidade tinha um certo respaldo, né?

O livro seria uma forma de exorcizar tudo e ainda ajudar aos amigos. Ele me disse que tem vários companheiros bem mais jovens que também contam histórias assustadoras! Uau...

Depois de quase 20 anos, pedi desculpas por tudo, mesmo sem lembrar dos "causos", e ainda gostaria de pedir desculpas à família. Aff...

A boa notícia é que o trauma não foi tão grande assim: ele é muito bem casado e tem filhos lindos! Bom né? E mais: me disse também que na época fui o que ele precisava. Dei amizade, carinho, dedicação, amor, companheirismo e auto-controle (palavras dele, ok?).

O mais engraçado é que hoje eu não suportaria uma das minhas pequenas atitudes do passado e tenho certeza de que ele também não. E não sou lá muito ciumenta!!! Vai entender!

Acredito que todo mundo tem o lado A e o lado B. Vale sabermos como cuidamos desses dois lados e equilibramos a balança. Nada fácil, não é?

Um cheiro,
Zoe

8 comentários:

  1. Eu sou muito ciumenta. Possessiva também. Mas me controlo ao máximo pra não deixar que quem está perto de mim perceba isso afinal não gosto de interferir na vida de ninguém. é um sentimento meu!

    ResponderEliminar
  2. Zoe!!!!
    Realmente eu não sabia mesmo desse lado! E morri de rir em pensa sua cara de brava!!! hhahahahahaha.... mas eu não entendo essas amizades com os exs.... não mesmo! E ainda fica amiga da mulher/namorada/amiga!
    Eu tb não sou ciumenta não mas já fiz as minhas loucuras tb! Hj, assim como vc acho ciúme um saco! E um sinal de insegurança ou que alguma coisa não vai bem! Mas adorei o post e achei ótimo!
    beijocas,
    Mari

    ResponderEliminar
  3. Convenhamos: passado de namorada(o) é igual cozinha de restaurante. Quando vc conhece você nem sente vontade de comer...rsrsrs

    Brincadeiras à parte, quantas vezes não olho para os tempos passado e penso como evoluí em costumes e ações.

    Nunca fui ciumento mas consegui que minhas namoradas soubessem lidar bem como o fato de que eu me dava bem com as ex ou com meus amigos e familiares.

    O primeiro passo foi: se vc não gosta ou implica com meus amigos e minha família, esteja à vontade para não namorar mais comigo.

    O segundo passo foi: se vc hoje é minha namorada, amanhã pode não ser mais; se hoje eu me dou muito bem com vc não faz sentido que ao acabr nosso namoro eu a trate mal e, sendo assim, não vou tratar mal ex-namoradas só porque vc não gosta delas. Se acostume a elas como eu me acostumo aos seus ex.

    ResponderEliminar
  4. A. Marcos,
    como sempre, fantástico! É exatamente isso!
    Graças aos deuses evoluímos e aprendemos a lidar com as mais diversas situações! E vamos em frente!
    Obrigada!

    Zoe

    ResponderEliminar
  5. Divertida essa história. Eu sou muito ciumenta, mas controlo os barracos. Já dei alguns, mas poucos. Mas esses dias ouvi (acho que foi o ator Caio Castro que falou) que um relacionamento é de acordo com o que a gente extrai dele. Acho que se sou ciumenta é porque é isso que meu parceiro consegue extrair de mim: insegurança e posse. Ele consegue outras coisinhas também, mas disso falamos em outra ocasião...

    Beijos

    ResponderEliminar
  6. Oi Zoe
    Quantas revelações! Vixi já conheci um povo louco de tudo de tão ciumento e é horrível mesmo.
    Beijo
    Kézia

    ResponderEliminar
  7. Barraqueeeeeeeeeeeeeira, hahahahaa! Não conheço esse lado teu, não. Tão fina, humpf! Eu sou ultra master ciumenta. Disfarço, mas sou muito. Tem cada piriguete que irrita a vida da gente. Mas teu ex foi fino, né? Gostei do que ele te falou. Depois quero saber quem é, hahaha!

    Beijos,
    Irma

    ResponderEliminar
  8. Adorei o post, Zoe!
    O "tempo" nos faz bem.
    Errando que se aprende.
    E que venham novos erros!
    Hahaha!
    Beijocas!

    ResponderEliminar