sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Telefone com muitos fios

Gente, hoje minha visita a uma loja de telefonia móvel virou a maior conversa de botequim!

Explico: após uma série de encrencas e reclamações, resolvi finalmente mudar de operadora. Então, saí um pouco mais cedo do trabalho e lá fui eu pensando na tortura que seria...

Qual a minha surpresa? A loja estava tranquila e fui atendida rapidamente (e muito bem, obrigada!). Depois de uma série de simulações e negociações, resolvi "tirar o escorpião do bolso" e fazer uma pacotão. Com isso, "ganhei" duas linhas, com celulares, para falar com a minha família.

E aí começou a conversa de botequim!

Vocês não imaginam o tanto de babado que acontece em uma simples loja de celular!!! Como o dia estava quase acabando e a burocracia da portabilidade, da compra e tudo mais é demorada pacas, as meninas, super simpáticas, me contaram algumas histórias.

Vai uma cerveja aí?

Tudo começou por causa do "plano família". Uma conta, muitos números. Então, que tal uma esposa ensandecida checando todos os números da conta que ela pagou, mas o telefone é o do marido, viu? Pois, a história é a seguinte: o marido mostrou a conta pela metade. Escondeu a parte detalhada onde aparecem os telefones... A mulher, mais do que desconfiada, foi até a loja e ligou para todos os números no balcão do atendimento. Dá para imaginar a cena?

Outra: marido enciumado pede cópia detalhada da conta da mulher. Detalhe: ele não é o titular e a atendente não pode fazer o que ele pede - primeiro com muita educação, depois... Os motivos ficaram meio no ar, mas deu para entender as entrelinhas.

E assim foram duas horas de muita risada e histórias. E eu fiquei pensando nessa coisa de tecnologia, o quanto somos dependentes, e também o quando ela nos atrapalha, nos deixando inseguros e curiosos.

Nossa imaginação começa a ir contra aos pensamentos bons que queremos sempre ter. A neurose do ciúme, acredito, piorou depois dessa coisa toda de mundo virtual. Afinal, quantas histórias não conhecemos de namorados/as que "mandaram" a parceira/o sair das redes sociais? Quantas vezes você num morre de curiosidade para saber que tanto torpedo sai e entra? E a troca de emails???

E aí vem uma história que aconteceu com uma amiga minha. Ela namorava um cara de Santos. Ele, super ciumento, meio que a afastou dos amigos e cercou a vidinha da rapariga. Com o tempo, as coisas começaram a ficar meio nubladas: ele sempre desligava o celular quando estava com ela, nunca a convidou para conhecer a família nem ir para a terra natal, etecetera e tal.

Um dia, com todos os sentidos gritando, ela deu uma incerta na casa dele e conseguiu resgatar uma conta de telefone. Checou os números e achou o de uma ex-namorada. Depois, com uma simples combinação racional de conhecimento dos gostos do rapaz mais lembrete de senha, conseguiu entrar na conta de email dele.

Adivinha? Ele ainda estava namorando com a ex!!! Isso depois de seis meses juntos!!! Nem preciso dizer que a coisa complicou né? Pelo menos ela se livrou do traste e está muito bem obrigada!

E o que ela me disse ao contar o causo, foi bem interessante. Prometeu nunca mais fazer o que fez. Acha que invadiu muito a privacidade dele, mas, apesar disso, não se arrepende. E jamais aceitará que qualquer pessoa a afaste de seus amigos. Mundo virtual? Ela adora, mas com muito cuidado e senhas bem esquisitas!!!

Eu heim...

Um cheiro,
Zoe

5 comentários:

  1. Hey Zoe baby!!!
    Realmente... o mundo virtual facilitou muito a traição....hahahaha... e botou as pessoas de cabelo em pé! Acho que hj exite menos estígma em relação à posse e relacionamento não deve ser posse. Traição geralmente, penso eu, vem ao lado de um motivo! Ou sei lá a pessoa é ralmente dada... hahahaha...
    Mas põe fio nisso amiga! Tb tô com saudade!
    Se a gente não se encontrar nesse final de semana, vou arrumar outra amiga!!!! hahahaha.
    beijocas,
    Mari

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  2. Hehehehehehehe....

    Adoro quando uma conversa "comercial" evolui para os Bhafões e concordo com a Mari, as mulheres ciumentas de hoje
    têm muito menos tempo na vida.
    Imagine, conferir celulares, orkut, cartão, twitter e dá-lhe inclusão digital e as facilidades da vida moderna.

    Bjossssssss

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  3. Zoe,
    acho que o ponto é o que entendemos por traição. Ter um monte de amigos, enviar e-mails, marcar festas e reuniões, em princípio, não é uma traição. E tudo isso pode ser feito por celulares, net, etc... (E, claro,aguça a curiosidade do ser mais tranquilo do mundo qdo é o(a) seu(sua) parceiro(a) que recebe inúmeros tels., msms, etc.)O negócio é que a traição virtual é muito fácil de acontecer. Contaram-me a história de um cara que ficava na sala 'trabalhando' no computador e a mulher dele assistindo TV. Até aí nada de mais se o cara não estivesse flertando e marcando encontros e dando cantadas on line pra meio mundo!! Quer dizer, um cara desses, não tem jeito. Pode ser no mundo virtual ou há 300 anos atrás, qdo se envia mensagens por pombo correio, o que importa é a intenção e o caráter da pessoa.
    Traição e direito à privacidade são conceitos e direitos antigos. Só que hoje é muito mais fácil 'ver' uma conta detalhada do celular do(a) parceiro(a) do que descobrir qual foi o pombo correio que entregou o bilhete!! rsrsrs

    bjs
    Beatrice

    PS: Mari, vc sabe que estou com o mesmo problema que vc:tô quase arrumando uma outra irmã pq a minha quase desapareceu entre rapidíssimos telefonemas ... bjkas e saudades de vcs!
    Beatrice

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  4. Zoe!!!
    Acredito que "quem procura acha"...
    E assim como a moça que fuçou a conta do namorado e descobriu que ela própria era "a outra", tb acho que o q ela fez é invasão de privacidade e é errado.
    Já fiz, confesso. E me senti mal depois...
    E olha que não sou ciumenta, mas ele deixou o cel de "bob" na mesa e foi ao banheiro... ELe estava meio estranho, falou q não poderia sair naquela noite... Não resisti! Achei o que procurava... Foi horrível. Não faço mais.
    Enfim... Foi há 6 anos... Não tenho tempo, nem saco para isso!
    Beijocas e vá encontrar a Mari!!

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  5. Zoe,


    Amei esse texto! Só consegui ler agora depois da semana infernal que tive. Acho que a vida virtual nos deixou mais paranoicos mesmo. Eu até escrevi um post (não terminei) sobre isso. Concordo muito com vc. Adorei!

    Irma

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