Li uma matéria na Folha esta semana muito interessante sobre o lançamento do livro "Amar de Olhos Abertos", do psicólogo Jorge Bucay. O resumo do livro é que "as relações não duram porque a maioria não enxerga o outro como ele é". Achei isso muito verdadeiro e fiquei curiosa para ler.
Não se trata de namorar ou casar com o inimigo e, da noite para o dia, descobrir que você foi enganada. O buraco é mais embaixo. As relações não duram, mesmo com amor e sexo, quando um não percebe o outro e suas mudanças ao longo do tempo. Bucay diz que o "amor cego não aceita o outro verdadeiramente como ele é".
Isso quer dizer que, na fase do encantamento, muitas vezes podemos não enxergar, ou não querer enxergar os defeitos do outro e o resultado pode ser catastrófico com o passar dos anos. "É preciso ter amor, atração e confiança. Se faltar qualquer um desses elementos, os pilares caem. É preciso ter capacidade de trabalhar juntos, de rir das mesmas coisas e de ser sexualmente compatíveis, sentir o outro como um apoio nos momentos difíceis", diz Bucay.
A dica do psicólogo para uma relação duradoura é ter maturidade para "saber que a paixão acaba". Ele fala em amadurecer o amor e aprender a "compartilhar o silêncio e não um beijo, ver o parceiro na sua essência". Mas é preciso decidir o seu caminho antes de compartilhá-lo com outra pessoa. Do contrário, você corre o risco de ser levada para onde não quer ir.
E conclui que "não se deve procurar o sentido da vida no companheiro, mas em você mesmo". Ou seja, ame, mas se ame em primeiro lugar para poder ser amada. E procure entender o parceiro, sem querer mudá-lo completamente, mas, também, sem engolir muitos sapos. Complicado? Talvez, mas não é a invenção da roda. Não custa nada tentar, em nome do amor.
E na dúvida em saber quanto tempo uma relação pode durar, Bucay alerta: "as relações duram enquanto permitem que ambos cresçam. Um casal que não cresce, envelhece. E um casal que envelhece, morre".
Irma
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
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gostei desse texto, me fez pensar muito num casal que eu conheco q acabou de se separar, realmente se um nao acompanha o outro nao da certo, os dois estao mais felizes agora, pq puderam se redescobrir e ver o que relamente queriam, acho que estavam acostumados a achar q gostavam da mesma coisa e nao era bem assim. Adorei o nome do livro, parece ser mto bom. Se todos entrassemos num relacionamento de olhos abertos seria muito mais facil.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarQuerida,
ResponderEliminarhá trocentos anos fiz um curso que, em determinado momento, quando falávamos sobre relacionamentos, a instrutora pegava um monte de lenços de papel e colocava em cima dela. Cada lenço, representava uma "expectativa" colocada por nós no início da relação. A montanha de lenços não deixava a instrutora visível... Depois, "com o tempo", os lenços iam caindo... e a pessoa apareceu... e com isso, as expectativas não eram realizadas e a relação, geralmente, afundava.
Interessante essa metáfora dos lenços, né? Acho que é bem isso! O livro reforça esse meu aprendizado e reforça também a necessidade de termos nossa auto-estima "sob controle", se é que isso é possível, e nos reconhecermos como indivíduo.
Sempre brinco que procuro não uma união, mas uma intersecção! hehehe... Ia ser bom encontrar!!!
Um Cheiro,
Zoe.
De uma certa forma, todos sabemos que uma relação pra dar certo tem que ser constituida de DOIS INDIVÍDUOS. Conscientemente todos sabemos que não podemos tentar fazer do outro uma cópia de nós mesmos e muito menos desejar que ele satisfaça todas as nossas necessidades. Mas as coisas começam, na maioria das vezes, pela paixão e a paixão é completamente cega. Alguém já disse há muuuuuito tempo atrás: "O espírito está pronto, mas a carne é fraca..." E é... ah, como é... a paixão funde (sem trocadilhos!) os dois seres apaixonados no ardor dos desejos e depois os abandona cara a cara com a realidade. Aí... haja estrutura pra se rencontrar, reestruturar e ainda fazer sobreviver a relação... a partir daí, talvez possa acontecer a "intersecção"... rsrrs
ResponderEliminarAdorei o texto que me instigou a ler o livro.
Beijokas pra vc Zoe e pra vcs, meninas.
esse texto vem super bem com meu dia hj, onde já logo cedo eu conversava com a minha mãe, sobre o desafio dela voltar a estudar e ela dizendo q era bom pra ver se o meu pai abria a cabeça, eu falei que ela tinha que olhar pro crescimento dela, e não pro que falta no outro! Uma relaçao não é só cobrança é crescimento mútuo!
ResponderEliminarSe todos entrassem nos relacionamento de olhinho abertos com certeza evitaríamos muito sofrimento a toa!!! ótimo post!!!
ResponderEliminarbeijuu
www.sermulhereomaximo.com.br
Oi Flor,
ResponderEliminarÓtimo texto.
Paixão, e amor, são coisas totalmente diferentes...
Normalmente as pessoas se casam apaixonadas e depois aprendem à amar...
Mas casar apaixonado, é o mesmo que casar às escuras... Quando acaba a paixão, pode vir a desilusão.
E depois de anos casados, amor é o mínimo que se pode esperar do casal... Se você ama, e não está mais apaixonado, é como viver com um "amiguinho", isso se o relacionamento for de respeito... Se houver incompatibilidades e mágoas, nem como amiguinho o parceiro servirá!
Você precisa amar, para decidir se casar com alguém, e precisa estar apaixonado para continuar casado...
Beijinhos
♥
Hello Irma querida!
ResponderEliminarAdorei o texto e já estou morrendo de vontade de ler o livro tb! Gostei amar de olhos abertos, saber se ver e ver o outro na relação e saber se perceber e perceber o outro e como disse a Alicinha sem ficar se medindo no outro!
beijocas,
Mari.
Irma,
ResponderEliminarQue texto legal, o livro também deve ser ótimo.
Infelizmente acabamos idealizando os relacionamentos, por conta da paixão que cega, né?!
E como disse a Mari, amar deve ser de olhos abertos.
Um beijão!