No filme "Príncipe das Marés", o treinador Tom tenta ajudar a sua irmã, que tentou se suicidar, contando sobre a infância deles para uma terapeuta. Em uma das passagens mais terríveis, ele conta que quando crianças, os dois foram estuprados por bandidos fugidos de uma prisão.
O irmão mais velho mata os bandidos e a mãe os ajuda a esconder os corpos, obrigando a todos a manterem aquele segredo para o resto da vida. Em sua sessão de análise, Tom conclui que o silêncio que lhes foi imposto foi pior do que o próprio estupro.
De fato, manter segredos que nos jogam pra dentro é um suicídio. Viver com uma pessoa, escondendo dela coisas importantes é uma tortura para ambos. O silêncio te permite andar, comer, dormir, conversar. Mas te impede de manter a dignidade. Você encara uma pessoa, mas esconde delas seus sentimentos mais profundos.
É melhor ser violentando, conclui Tom, e soltar o grito, do que manter preso o medo, a dor, a incerteza. Do mesmo jeito dói, mas revelar pode ser transformador. Pois quando aquilo que se omite for maior do que aquilo que se está sentindo, então, o limite chegou. É hora de jogar tudo a limpo, dizer o que se sente e buscar, de alguma forma, encontrar um jeito de caminhar mais inteiro.
Irma (pronta pra se revelar)
sábado, 8 de maio de 2010
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Querida,
ResponderEliminaresconder até amadurecer o suficiente para se abrir. Esse é o desafio: saber a hora exata!
um cheiro, Zoe.
Querida Irma...
ResponderEliminarSegredos segredos como nos falamos a pouco é tão ruim guardá-los.... sufoca! Nos prende!
Vc saberá a hora, vc saberá como fazer, confie!
beijocas,
Mari.