Vovó Irma sempre contava essa história com ar de moleca travessa. Vovô Luiz, o protagonista, ouvia constrangido, mas resignado. Eu achava graça. Tudo porque uma ciumenta Dona Irma não suportava olhar na cara de uma piriguete, cujo nome não me lembro, que dava em cima de vovô nos idos de 1950.
"Era uma vagabunda!", bradava minha avó. E olha que ela falar palavrão era coisa bem rara.
Segundo vovó, a piriguete dos anos 50 sempre arrumava um jeito de passar no restaurante onde vovô era gerente. Pelo que sei, não conseguiu nada além de um bom tratamento no local. Mas vovó ficava em cima.
Um dia, e aí vem a boa história, o casal Gonçalves foi às compras. Ao estacionar o carro no supermercado, quem chega ao lado? A própria "vagabunda", segundo a descrição de vovó. Ela não teve dúvida. Permaneceu impassível no carro e disse para o meu avô:
"Se você descer do carro e cumprimentar essa asinha, eu vou entrar calmamente no supermercado, vou direto na sessão dos importados e derrubo uma a uma as garrafas de uísque e outras mais que estiverem ao meu alcance. Então, o gerente do local vai perguntar o que aconteceu e eu vou dizer 'não sei, mas meu marido pagará, fique tranquilo"
Foi a vez de vovô não ter dúvida, engatar a ré no carro e acelerar para os braços de vovó, a verdadeira condutora da relação.
Irma
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
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Hahaha! Que bonitinhos!!!
ResponderEliminarMenina, infelizmente essas piriguetes existem e sempre existirão!
Sabe que a vovó me deu uma boa idéia?
Derrubar várias garrafas de uísque não é nada mal! rs
Bjs
Adorei a vovó Irma!
ResponderEliminarhsauhsuahushuahsa
(*=
kkkk, Vovó Irma é a melhor.... Periguete... muito bom!!!!
ResponderEliminarE temos que ser assim mesmo,marcar presença, não dá espaço para elas. E boa idéia essa dos importados...
Um beijos
kkkkkkkkkkkk virei fã da vovo putz q massa.. adoreii a historia! bjo
ResponderEliminarAtitude é tudo nesta vida...rsrrs
ResponderEliminarcoitado do vovô...rsrs
ResponderEliminarAtitude combativa a da vovó Irma... e exemplar a do vovô Luiz. Em certos momentos, para evitar problemas, temos que dar ré.
ResponderEliminarHahaha!!! Eu amo esse texto, essa fala da vovó Irma. Arrepiou, muita atitude ela teve.
ResponderEliminarBeijão,
Bela - A Divorciada
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarHoje, piriguetes.
ResponderEliminarOntem, sirigaitas.
Amanhã?
Amei vovó Irma! A idéia do uísque é ótima.
ResponderEliminarbjs
Jussara
Eu dava tudo pra ver a cara do vovô Luiz!!!! hahaha Porque a vovó Irma era assim mesmo, decidida! It runs in the family!
ResponderEliminarbeijocas mil...Gente segunda tô escrevendo!!!!
Mari
Vovó era uma figura. Marcos, o vovô amaaaaava quando ela contava essa história. Acredite, ele adorava quando ela fazia cenas de ciúme.
ResponderEliminarbeijos
Irma
adoro essa historia tbem, sempre foi um exemplo pra nos mulheres da familia. Mas o melhor e o tom dela, muita calma e elegancia pra resolver a parada.
ResponderEliminarO tempora, o mores... Tempos em que casamento era união indissolúvel, "soyuz nyerushimy", e cousa e lousa. Duvido que hoje em dia isso ficasse barato para "vovó". Se vovô fosse o Deca aqui, vovó veria vovô por um binóculo ao contrário.
ResponderEliminarOi meninas, oque vcs pensam sobre isto, tenho 26 anos, tenho emprego bacana, sou servidor publico estadual,tenho um carrinho novinho, mas moro com minha mae... pelos proximos 2 meses pelo menos..
ResponderEliminaroque as mulheres pensam sobre ?? sejam sinceras em !!
Bjus