Teorias sobre o mundo de hoje (e de amanhã)

Muitas são as teorias sobre os acontecimentos climáticos dos últimos anos. Terremotos, ciclones, aumento na temperatura, gelo derretendo nos pólos, mudanças no eixo da terra. Tanta coisa que até assusta! E quais as consequências de tudo isso? As teorias vão das mais caóticas, que apontam para a destruição parcial da terra nos próximos sete anos, até uma linha que afirma ter um certo exagero nas afirmações sobre o aquecimento global ou aquela sobre a estrela Anã Marrom, que está se aproximando do planeta.

Uma andorinha pode "fazer o verão"!

Mas a verdade é que provavelmente estamos no meio desse "oito ou oitenta". Ou seja: pode não ser o apocalipse, mas que a coisa não anda muito boa e a tendência é de piorar, não temos como negar. Afinal, a população mundial só cresce, a produção agrícola talvez não acompanhe esse crescimento, a água está ficando escassa, o sol mais forte e a discrepância entre ricos e pobres é enorme!

Falando sobre o Brasil, muita coisa já está em andamento nos grandes centros, mas a situação é caótica. A água potável, onde existe, é muito desperdiçada (chega a 40%). Lixo é algo ridículo: num país antagônico como o nosso, onde a pobreza é enorme e a riqueza ainda hiperconcentrada, apesar de alguma melhora, nosso lixo é altamente orgânico, com muita comida boa jogada fora, e altamente reciclável, além de ser disposto em locais inapropriados que contaminam o solo e os lençóis freáticos. O aquaduto Guarani, que corta parte do país e é considerado a maior reserva de água doce do mundo, parece que até já está contaminado. Enquanto Curitiba já foi considerada pela ONU uma das cidades mais limpas do mundo, Recife, por exemplo, convive com uma periferia imunda e inundada pelo esgoto (e São Paulo, a maior cidade da América Latina, também não fica atrás).

No mundo, a bagunça é a mesma. Na Alemanha, você já nasce em um país politicamente correto com relação ao meio ambiente, diretos humanos e muitas outras coisas. Em Angola, as pessoas fazem cocô em uma das avenidas mais trafegadas de Luanda, num local popularmente conhecido como "gagódromo". Enquanto os ricos pagam mais ou menos US$ 100 por um almoço médio, muitos dos garçons não tem o que comer e chegam a desmaiar de fome na cozinha do restaurante. Eu estive lá e vi, não é brincadeira. Lá é "olho por olho, dente por dente". E é fácil entender o porquê.

Mas vocês já sabem de tudo isso e, sinceramente, estou sendo superficial em todos os pontos (afinal, se aprofundasse viraria uma tese de tanta coisa que poderia ser falada!). O que importa mesmo é saber o que nós, simples humanos de um país sempre "do futuro", podemos fazer.

Não sei se muita coisa, mas acredito que podemos mudar o ditado popular que diz "uma andorinha só não faz verão". Que tal começarmos a falar "uma andorinha só traz o início do verão"? E além de falar, fazer. Colocar em prática tudo o que já sabemos sobre meio ambiente e avançarmos atrás de mais informação e cidadania. Cobrar os políticos e ensinar de verdade os mais jovens.

Sabiam que se a corrupção no mundo fosse reduzida a 10% e o dinheiro utilizado corretamente, não teríamos mais miseráveis na terra?

A tendência de os próximos anos serem mais complexos é forte. Então precisamos ser mais fortes ainda e acreditarmos que vamos superar tudo isso com mais organização e cidadania.

Esse post é mais um desabafo do que qualquer outra coisa... Saudade da terra da garôa, das coisas simples, mas é preciso reconhecer: a falta de consciência nos levou a chegar nesse estágio e teremos que trabalhar muito (real e espiritualmente) para mudar o cenário futuro.

Um cheiro, com muita vontade e esperança,
Zoe