Li no fim de semana uma entrevista com o ator Javier Bardem, na qual ele conta que viveu uma experiência que mudou sua vida, aqui, no Brasil. Ele tinha 19 anos e tinha marcado uma viagem para o Rio com sua namorada. Na véspera da viagem, ela deu um baita de um fora nele. Desconsolado, ele veio ao Brasil mesmo assim.
O galã espanhol conta que ficou muito deprimido e ficava sozinho, jogado na areia da praia. Em sua solidão, ele teve crises de ansiedade e pensou que ia morrer tamanho o sofrimento pelo pé na bunda. "Numa das crises, a sensação era tão forte que eu fiquei aterrado. Achei que ia morrer longe de casa. Todo garoto tem seu momento de virar homem. Aquele foi o meu. Percebi que tinha de reagir, retomar minha vida, e foi o que fiz". Profundo e muito, muito verdadeiro.
Pode atirar a primeira pedra quem não sofreu por amor, como diria o samba de Ataulfo Alves. A sensação de tomar um fora é pra lá de péssima. Parece que a gente vai morrer literalmente. Como Javier, quando tomei um fora, tive crises de ansiedade, falta de ar, dor no peito e choro, muito choro. Perder tem sempre um sabor amargo.
A vida da gente para por um tempo, fica difícil sair da cama, manter a rotina. Se concentrar no trabalho, então, é um baita sacrifício. O melhor a fazer é tomar chá de paciência e contar com o apoio dos amigos.
O fim de um relacionamento é uma reviravolta na vida de qualquer um. Mesmo quando a decisão for acertada, nos casos em que terminar é bom para os dois, seguir adiante é seguir com dor. E, claro, quanto maior o tempo do relacionamento, pior a dor na caminhada. O conforto é que, assim como felicidade tem fim, tristeza também tem fim (agora ao contrário do que diz o samba de Vinicius de Moraes). Alternamos momentos de alegria e de tristeza. E, no fim das contas, sofrer nos torna mais maduros.
O pé na bunda nos obriga a agir de alguma forma em nome da própria existência. Para sobreviver, com a auto-estima lá no pé, é preciso se amar muito. O importante é respeitar o tempo de cada um. Tem gente que precisa se recolher, outros que precisam extravasar. Não há uma receita. Cada um deve olhar para dentro e buscar as respostas. A solidão traz auto-conhecimento e, por vezes, é necessária na busca de uma nova companhia. Mas para que um novo amor venha de fato, é preciso fechar os ciclos, terminar as coisas.
E pra fechar com música, chama o Raul: "tenha fé em Deus, tenha fé na Vida, tente outra vez".
Irma
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
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Nem sempre é fácil assim se abrir pra um novo amor!
ResponderEliminarMinha querida,
ResponderEliminarRealmente você abordou todos os lados, nada tenho a acrescentar. Dói sim e muito, mas como vc mesma disse não pra sempre, e geralmente se formos abertas à vida e suas lições nos tornamos pessoas melhores!
Os amigos sim, são essências! E contar com eles e sabê-los presentes nos dá mesmo muita força!
beijocas,
Mari
Já enviei o convite de vocês, viram?
ResponderEliminarIrma, obrigada pela visitinha... e pelo post de hoje. Acho que é isso mesmo, temos sempre que tentar outra vez. E se fosse pelo Javier, eu tentava muitas outras. (rs)
ResponderEliminarSabe Irma,
ResponderEliminarTenho enxergado o amor como algo que não se sente só. Que tem que ser correspondido, porque, se não for, não é amor. Pode ser qualquer outra coisa, menos amor.
Pensando assim, acredito que, se acaba para um, fatalmente, acaba para o outro, mesmo que alguém dessa dupla demore mais a perceber isso.
Afinal, pra que ficar gastanto um sentimento tão lindo com alguém que não o tem por nós, né?
Beijo!
Irma queridona
ResponderEliminarFalou muito bem. Um fora é dolorido sim, mas até um pé na bunda faz a gente andar pra frente. Ainda bem.
Beijo grande
Kézia
oi amei o blog, o Javier é um gaton!
ResponderEliminarbjk♥
Irmã
ResponderEliminarSou da opinião de que um pé na bunda serve pra nos empurrar pra frente... claro que ninguém quer passar por isso e qd acontece é como se ficassemos sem chão...
Adoreiiii o texto.
Bjim
num relacionamento que termina, alguem tem que chutar alguem, faz parte.É a vida.
ResponderEliminarUm dia a vida nos chuta.
Maurizio
Muito legal blog e post.
ResponderEliminarBjo.
Belo texto.
ResponderEliminarTalvez essa timidez toda de me aproximar da mulher da minha vida seja exatamente por ter medo de levar um pé na bunda. Próxima vez q tiver chance de falar com ela, lembrarei desse tal Javier Bardem aí.
Heitor
Adorei o post, Irma!
ResponderEliminarE o importante é continuar tentando, que uma hora sai gol!
Beijocas!
Irma, que post show de bola!
ResponderEliminarComo já disseram acima, até um pé na bunda nos joga pra frente.
Ah, mas imagina que beleza encontrar um Javier jogado na areia e desconsolado...haha.
Um beijão
Oi Irma,
ResponderEliminara dor de um fora é terrível mesmo, também já tive a minha cota de infelicidade, mas o mesmo homem que tanto me fez sofrer com o fora, agora é o quem me faz feliz.
Bjs
Essa foi em minha homenagem né?! Rs
ResponderEliminarDigo pelo Javier. Bjs, Carol
como vc mesmo disse e seguir , seguir em frente seguir um ideal,seguir novos sonhos,seguir e movimento e isso e bom nao da pra ficar parado acomodado e sempre tempo de felicidade
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