sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma música e o seu coração

Acredito que todo mundo, vez ou outra, seja tocado por uma música. Todos os seres vivos são. Estudos mostram que as plantas gostam de música clássica. Cachorros ficam calmos com piano, bebês acompanham os sons e assim vai.

Sou uma pessoa eclética com relação a isso. Quando adolescente, adorava ópera e rock pesado. A melodia e a harmonia me pegavam de jeito. Seja pela suavidade ou pela agressividade dos tons. Agora, presto também muita atenção às letras e ao que elas despertam em mim.

Hoje pela manhã, ouvi pela primeira vez a música Tudo Sobre Você, da Zélia Duncan, e claro que comecei a dar risada.

Vejam a letra...

"Queria descobrir
Em 24hs tudo que você adora
Tudo que te faz sorrir
E num fim de semana
Tudo que você mais ama
E no prazo de um mês
Tudo que você já fez
É tanta coisa que eu não sei

Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você

E até saber de cor
No fim desse semestre
O que mais te apetece
O que te cai melhor
Enfim eu saberia
365 noites bastariam
Pra me explicar por que
Como isso foi acontecer


Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você



Por que em tão pouco tempo
Faz tanto tempo que eu te queria"

Achei lindinha! Além da balada e da magnífica voz da cantora, a música fez eclodir dentro de mim uma “coisa” que desde ontem estava me incomodando: a necessidade de querer saber tudo na hora, exageradamente, sobre aquele ser pelo qual estamos encantados.

Essa “necessidade” é tão boa, tão boa, que nos toma por inteiro. Todos os minutos do dia giram em torno dessa vontade. É fantástico! Uma energia boa que acompanha cada instante.
Mas o que acontece depois?

Acredito que o desafio é saber como cultivar esse sentimento bom que vem com o “conhecer uma pessoa”... Se sacarmos como dosar essa “adrenalina” para que ela acompanhe o desenrolar do relacionamento, uau... Perfeito!

É como pular da paixão para o amor. Um amadurecimento, um desabrochar de um sentimento que complementa a vida e a alma.

Difícil, né? Ansiedade, expectativa... Vontade, anseios... aff... Tanta coisa junto! Para atrapalhar... kkk

Mas vale a pena tentar traduzir tudo isso e ter a consciência, se manter alerta mesmo, de que o que importa de fato é ter a capacidade de sentir tudo isso. Independente se a coisa vai dar certo ou não.

Num é? E qual a sua música?

Um cheiro!

Zoe

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Inadequada?!

Queridas e queridos,

Desde a semana passada vem acontecendo uma boa nova, mas que assusta um pouco. Explico.

Como contei a vocês, estou em um período “idiota”, onde todos os medos, receios e a necessidade de virar a mesa estão juntos em um mesmo caldeirão sendo cozidos e temperados com vontade, desejo, força e capacidade instalada (kkk). Nada fácil fazer esse caldo engrossar e ser digerido, mas necessário e ponto.

E neste cenário, com a ajuda das tais “mídias sócias”, aparece um senhor na minha vida. Bom, né? Também acho. Mas desesperador também. Explico, com detalhes. Kkk

Conheci esse rapaz há anos. Trabalhávamos na mesma empresa e sempre nos encontrávamos no boteco que todo mundo ia. Ele é amigo de uma antiga paixão (e rolo forte) minha. Sempre o achei bonitão e super simpático, mas, até por conta do outro enrosco, jamais pensei em nada. Até que nos encontramos nesse tal de “feicebuqui”.

E começamos a “curtir” coisas um do outro. Até que um dia ele postou algo sobre um homem e uma mulher. Ambos procuravam a mesma coisa, mas se desencontravam. E entre um comentário e outro, ele deu uma entrada. Eu respondi.

Da página pública, fomos para as mensagens privadas (onde ainda estamos curtindo aquela coisa boa do “conhecer”, sabem?). E aí a coisa desabrochou. Entre uma mensagem e outra, mas picante, ele me falou de como me enxergava e o quanto me desejava. Levei um susto enorme. Porque, como vocês sabem, estou num momento onde “auto-estima” para mim significa “abismo negro”... kkk. E ele não me vê pessoalmente faz tempo! Como pode sentir algo assim por alguém que num vê há anos?

Nunca me achei uma pessoa bonita. Mas também nunca pensei muito sobre isso. Todos me “catalogavam” como uma pessoa hiper simpática, sorridente e exótica, como uma prima minha disse uma vez. Ultimamente, com o aumento de peso, uma pele péssima e o excesso de insegurança, a minha auto-imagem atingiu um nível de reprovação tão grande que, para mim, qualquer elogio ou a possibilidade de outra pessoa se sentir atraída por mim, me pareceu totalmente inadequado. Na realidade, eu me sinto inadequada a qualquer possibilidade de paixão, atração, desejo...

Pois bem. Essa inadequação pode ser fruto de várias questões e como levar isso adiante é que pode decidir se eu deixarei um homem muito legal entrar na minha vida ou se a sensação de ser inadequada, mais o medo de decepcionar o outro me impedirá de levar adiante essa coisa gostosa que está rolando. Afinal, após quase cinco anos com o mesmo homem, que te conheceu de várias formas e formatos, pensar em ficar nua na frente de outro me dá um certo pânico...

Qual a solução? Falar a verdade (e trabalhar isso com calma dentro de mim...). Se ele for legal, saberá entender o que rola, o passado e o presente, e me ajudará com o futuro.

Sabe o que aconteceu?

Vamos ao cinema... :)

Torçam por mim!

Um cheiro, 
Zoe

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Oi gente!

Faz um tempão que não escrevo. Na realidade, que não escrevemos! As três entraram num ritmo frenético e descompensado. Cada uma com seu objetivo e metas a cumprir. Como todo mundo, não é?

Resolvi escrever a vocês também para contar um pouco do que anda acontecendo. Talvez até para desopilar a alma... Escrever faz bem para mim. Sempre me ajudou a clarear as coisas e a encontrar novos caminhos. Quem sabe?!

Das três, sempre fui a quem escreveu menos e, verdadeiramente, a mais “cinza”... É verdade.  E tudo bem. Cada um tem seu jeito, não é?

Assim sou eu: confusa, densa, às vezes colorida, outras em tons de cinza. Alegre, triste, esperançosa, romântica ao extremo, um pouco tímida, apaixonada pela vida, mas nem sempre sabendo vivê-la.

E aí entramos no bate-papo que queria ter com vocês. Nesses últimos meses minha vida deu uma outra virada (estou virando malabarista... aff...). Se eu tinha problemas no trabalho, ficar sem ele foi ainda pior. Seis meses de geladeira, algumas propostas não realizadas e a esperança por meio de um convite amigo.

Aqui estou eu: voltei ao mercado já faz algum tempo. Melhor do que zero a zero, mas preciso fazer uns frilas para compensar a redução de renda. Com isso, meu foco agora é o trabalho. Nada apaixonante, mas paga as minhas contas (qual a porcentagem de pessoas que conseguem amar o que fazem e ganhar o suficiente mesmo??!). Vamos em frente!

E a vida, como está?
Minha mãe está com Alzheimer. Nada bom. Nada bom mesmo. O que antes era apenas um esquecimento aqui outro acolá, hoje começa a mudar a vida da família inteira. Médicos, remédios caríssimos, uma sensação enorme de impotência e a certeza de que logo mais não terei a minha mãe comigo, apenas um corpo com uma mente confusa.

Romance?!
Nada. Minha auto-estima anda muito baixa para pensar em olhar para o lado... Com essa confusão toda, a comida tem sido meu maior conforto. Nada bom para quem já estava acima do peso e agora explodiu!!! 

E para complicar um pouquinho mais, a coisa de pegar frilas faz com que o trabalho avance nas horas livres. Com isso, me distanciei dos meus amigos. Hoje, sou mais uma amiga virtual do que real. Os convites para sair, jantar ou apenas ir à casa de alguém para um café estão ficando cada vez mais escassos. E isso é péssimo para a alma... (Mas não se preocupem, não sou daquelas que despejam tudo o que acontece durante aquele café com amigos... Pelo contrário: poucos sabem do que acontece no meu dia a dia)

Então, hoje, após dois dias de dor de cabeça e ainda com dor de cabeça, vindo para o meu “amado, mas paga as contas, trabalho”, depois de ver alguns posts de amigos no final de semana, pensei:
- Qual é o meu turning point?

Ou melhor: qual a profundidade do seu poço para que você, Zoe, acorde e resolva, de fato, fazer alguma coisa?! Kkkk... Bem mais claro assim, não é?

A primeira coisa que decidi fazer é marcar alguns médicos para mim. A segunda começar a estudar de novo. O quê? Ainda não sei. Mas sei o quanto me faz bem estudar. A terceira é fazer um exercício por semana: pilates. Começo dia 7 de novembro. Já está marcado.

O resto é conseqüência. Dizem que o universo conspira a seu favor.  Eu acredito nisso. E estou alerta. Dificuldades todos têm. Tenho absoluta certeza de que, ao lerem o que escrevi, muitos pensaram em suas próprias vidas. Uns se encontraram mais, outros menos. Uns simplesmente pensaram “oras, mas todo mundo tem problemas”, outros “putz, eu também preciso fazer algumas coisas pela minha vida”...

Para fechar, uma mensagem que recebi do Tadashi Kadomoto, que sintetiza bem o que escrevi...

"Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: ‘Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.’ Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: ‘Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?’ Se a resposta é ‘não’ por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa."

Pois é...

Um cheiro!
Zoe