domingo, 31 de outubro de 2010

Feliz Dia das Bruxas

Francisco de Goya retrata sabbat
Muitas histórias explicam o Dia das Bruxas. Recolhi algumas e quero contar para vocês.

Os Celtas chamavam esse dia de Samhain (pronuncia-se souen). Na realidade, era um festival celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro, que marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão") e o início do ano novo. 

O festival celebrava também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma comemoração à vida e à renovação. 

Uma outra história conta que a Igreja Católica tentou eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos (1/11), onde as entidades pagãs viraram santos católicos. As celebrações se dividiram em finados e em halloween. No dia de finados (2/11) são feitas homenagens para os ancestrais. O nome tem origem nos países de língua inglesa. 

Ao traduzir, fica fácil entender: entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), daí, All Hallows' Eve, Hallowe'en e, agora, Halloween. Mas alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia). 

Foi somente na Idade Média que as bruxas apareceram nas festividades. Durante a inquisição, a igreja condenava curandeiras e pagãos - todos eram indicados como bruxos, julgados e, na maioria das vezes, queimados na fogueira. Nessa época, as mulheres e homens sábios se distanciaram do conhecimento adquirido da natureza, dos elementos. A sabedoria feminina, passada de mãe para filha, foi esmagada pela igreja e o poder das mulheres muito reduzido. Dizem por aí que não só bruxos foram queimados… Mas essa é uma outra história.

Somente em 1840 o Halloween foi levado para os Estados Unidos por imigrantes irlandeses, que fugiam da fome pela qual seu país passava e passou ser conhecido como o Dia das Bruxas.

Ainda não sei se acredito ou não em bruxas. Mas que existe coisa boa nessa história, isso sim! Saber usar ervas ou minerais para melhorar a saúde ou a energia é, para mim, algo mágico. Afinal, sigo a homeopatia e ainda acho difícil explicar porque aquelas bolinhas realmente fazem efeito! E acredito que num precisa ser “bruxa” de verdade para entender um pouco de alquimia, afinal toda família tem a sua receita caseira para aquele resfriado ou aquela doença, não é? Então, se for assim, todos nós temos um pouco de bruxaria em nossas vidas!

Com o passar dos tempos e o aumento da participação da tecnologia em nossas vidas perdemos um pouco da nossa ligação com a Mãe Terra. Perdemos a nossa sabedoria para compreender, por exemplo, o quando as marés e as fases de lua ainda nos influenciam. Ai, ai... Quanto tempo faz que você não anda descalço na terra?

E num custa brincar de bruxa e aproveitar para trazer energia boa para a nossa casa, não é? Então vamos fazer uma vassoura de bruxas! A vassoura simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da eletricidade negativa. Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.

Vá a um parque e recolha um graveto. Depois, escolha louro, alecrim, lavanda e monte como se fosse a vassoura mesmo. Use rafia ou cordão para amarrar. Decore com pimenta dedo de moça, canela, maça desidratada e anis, se tiver. Num vale usar cola quente, tá? E num precisa ser uma peça grande! Depois de pronto, coloque atrás da sua porta da frente com a parte de varrer para cima. Vai bloquear energias negativas e ainda perfumar a sua casa!!!

Dizem que a noite do Samhain é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. Também me disseram que é um dia leitoso… então, alimentos brancos com muito leite são bem vindos. Que tal um bolo de coco ou, pelo menos, um copo de leite com mel e canela? E ainda é gostoso!

Adoro essa festa! Divirtam-se muito! E boas energias para o ano!!!

Um cheiro,
Zoe

sábado, 30 de outubro de 2010

Rir muito! Quando isso incomoda...

As mulheres de minha família riem muito e geralmente riem alto. São gargalhadas mesmo. Lembro muito vividamente de minhas duas avós e de suas risadas estridentes e faceiras. Uma das irmãs de minha avó Olga, chamada Olanda (e era assim mesmo que se escrevia e pronunciava...) tinha uma risada tão peculiar que onde quer que estivesse, se começasse a rir todo mundo em volta ria também ou pelo menos esboçava um sorriso pelo escândalo que era.


Contudo antigamente e mesmo ainda hoje em alguns lugares e culturas "Mulher que ri muito e ri alto não é uma mulher direita, não presta!", era o que se dizia. Como se não tivéssemos o direito de estar ou ser feliz. No oriente as mulheres nem podiam rir abertamente, precisavam esconder o riso com as mãos, tapando a boca.  Muitas mulheres já apanharam por rirem!  Como ousamos expressar tão publicamente nosso contentamento?

A sogra de minha tia Alice, irmã de minha mãe, chamada Dona Elisa era assim. Uma mulher amarga que a vida maltratou muito (a história até merece um post, que ficará pra outro dia.), mas o fato de minha tia, minha avó e minha mãe rirem muito e alto a incomodava tremendamente e ela costumava dizer a minha tia que não entendia porque elas riam tanto, afinal aquilo era meio indecente! Quando minha tia contava isso pra minha mãe e avó, muitas vezes elas faziam piada da outra e riam mais ainda.

Eu acho rir maravilhoso. E eu me escracho!!! Sou sonora e escandalosa e amo esta característica em mim.
Faz parte de minha intensidade. Na última vez que estive visitando minha mãe e fizemos um tremendo almoço pra comemorar meu aniversário, minha mãe, mulher forte e admirável em tantos e tantos aspectos, voltou a falar da importância do riso. Estava me contando que ela e minha tia Alice (elas são meio que inseparáveis!!!) estavam no supermercado e quando foram passar no caixa fizeram tanta piada e falaram tanta bobagem e riram tanto que a atendente disse pra elas: " Ai, quando vocês vierem aqui no supermercado venham sempre no meu caixa, pois adorei o astral e bom humor de vocês, e isso é muito difícil no meu trabalho!", gente, olha só que coisa linda! Você poder levar um pouco de alegria e riso pra alguém que tem um trabalho maçante e te agradece por isso. E depois ela me contou que quando estavam pra ir embora outro carro do estacionamento estacionou tão perto da porta da minha mãe que ela não podia entrar e teve que entrar no carro pelo lado do passageiro, e que tudo foi ficando muito engraçado, e ela então fingiu que enroscou no breque de mão e fez uma piadinha com minha tia meio pornográfica... ( eu quase morri de espanto quando pela primeira vez ela foi tão desencanada pra falar de sexo comigo!), e as duas quase morreram de rir e ela mal podia dirigir depois, pois as duas caíam na gargalhada. Minha mãe tem 73 e minha tia 71 anos.

Ela me disse que a vida tem que ter riso! O riso que vem da alma! Que vem de dentro, que é feliz! E se isso incomodar alguém é porque esse alguém precisa de mais riso, alegria e amor em sua vida!

Por isso,  mesmo que as coisas estejam complicadas e alguns processos sejam difíceis, muitos desafios comprometedores e poderosos, não perca seu riso, seu senso de humor, sua coragem de ainda assim entender a alegria em sua vida, não deixe que o amargor das situações difíceis roube de você a magia do sorriso. Ele cura a nossa alma!

Beijocas,

Mari

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mulher que fala palavrão


Desde cedo, ouvia essa frase: "Você é uma mocinha tão bonita, por que fala tanto palavrão?". Falar palavrão está associado a sujeira, a ser vulgar, a ser promíscua. Pena! Pra mim, falar palavrão é libertador. Não vejo nada de errado nisso. Talvez por não ser religiosa, isso não me traz culpa.

Sou daquelas que usa palavrão como interjeição, como forma de expressão. Para mim, falar palavrão é como escrever usando exclamação. Muita gente ri quando digo que, pra mim, palavrão é como advérbio de intensidade. No lugar de dizer "Nossa, esse vestido está lindo!", eu muitas vezes digo: "Nossa, esse vestido está do caralho!".  E, sinceramente, não vejo vulgaridade nisso.

Mas, infelizmente, muita gente confunde expansividade com vulgaridade. A essas pessoas só posso dar tempo ao tempo para que elas vejam que as coisas não são bem assim. Muita mulher recatada, contida, pode ser bem mais vulgar do que eu. Afinal, cachorro ou cadela que muito late não morde.

Quer saber? No fundo tenho pena de quem nunca fala palavrão. De quem se contém e se culpa por não soltar os latidos. Sabe aquelas pessoas finas que no trânsito se transformam em monstros e mandam os outros praquele lugar? Então, isso eu nunca faria. Palavrão não precisa ser usado pra ofender. Palavrão deve ser usado para se comunicar!

Irma

Desesperar jamais!!!!!

Este post vai ser meio recorrente!!! Não sei se por causa dos feriados, ou do trânsito, ou de tantas coisas interessantes e blogs mais interessantes ainda que temos pra ler e nos divertir, o tempo está fugindo da gente e parece que não estamos nunca dando conta!!!!!




Gente ontem foi meio que lei de Murphy! Ao chegar em casa meio tarde, e a garagem é de prédio velho e é sim meio ingrata, com o som nas alturas, pois é mesmo como gosto de ouvir dei uma leve raladinha no para choque da frente por que sempre penso que sou menor do que sou realmente e isso em vários sentidos em minha vida... hahahahahaha..... Tenho anorexia ao contrário!!!! Depois me dei conta de que ao pegar meus novos remédios homeopáticos na farmácia por uma janelinha simpática que eles têm, então mesmo que você vá depois do horário você pode pedir os remédios por telefone e eles deixam na janelinha com um envelope que você deve colocar seu dinheiro ou cheque para o pagamento e enfiá-lo em uma fresta meio escondida lá; eu na pressa, pois estou sempre devendo tempo pra mim mesma e pro mundo, tinha levado o pagamento e a cópia da receita já grampeados e não li o que estava escrito no envelope apesar de já ter executado este procedimento antes, acreditem...  Simplesmente deixei meu envelope de pagamento lá junto com os remédios de outros dois clientes, ou seja, esqueci de enfiar no buraquinho... (podem rir!!!!).

Fui pra casa e meu sistema de hot mail não estava funcionando! E depois meu computador travou e depois a rede caiu... HELLO....... !!!!!!!

Jantei um franguinho muito delicioso e isso já era 10h30, me dei conta do babado da farmácia... Pulei no carro e voltei lá e claro meu envelope estava lá no mesmo lugar em que deixei!!! Com o chequinho dentro e as pessoas que pegaram seus remédios depois de mim, entenderam o retardamento da cliente anterior e Graças a Deus, simplesmente não fizeram nada. Então finalmente enfiei o pagamento no buraquinho! E voltei de novo pra casa, desta vez apenas pra deixar Cafa (meu gato, o cafajeste!) pisar na minha barriga, me fazendo dormir e pedi ao meu irmão se ele poderia conversar com essa máquina aqui, pra que assim eu hoje pudesse deixar a vocês meu recadinho, mas os emails ainda estão perdidos na infinidade deste mundo virtual!

Novo dia, nova luz, e como dizia aquela música sábia: DESEPERAR JAMAIS... Adoro o Ivan Lins!

Beijocas,

Mari

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sexo sexo sexo....move o mundo....


Eu e uma amiga estávamos conversando sobe sexo, que é mesmo uma conversa bem interessante. Estávamos falando de loucuras que cometíamos, ou já cometemos, ou já ouvimos que alguém tenha cometido em relação a e por causa do bendito sexo.

Eu tenho uma amiga nos Estados Unidos, Mona, uma negra linda e muitíssimo bem resolvida em relação a sua vida sexual que tinha uma frase histórica: "Everything boils down to sex..." (Tudo acaba terminando em sexo!) E costumávamos rir muito sempre que ela falava isto, pois lá vinha uma história cabeluda, ou melhor, picante!

Meu grande médico e amigo Amadeu costuma dizer que o sexo está intimamente ligado à alma das pessoas e significa vida! Por isso muitos médicos têm sítios, ou pelo menos uma chácara, pois como estão constantemente perto da doença e da morte, assistir à natureza e seu sexo explícito diário no nascer e brotar das coisas é quase que essencial! Muitas pessoas quando estão muito perto da morte sentem sua sexualidade aflorar, pois o sexo é vida e precisam desse contraste!

Mas na verdade fazer loucuras por sexo tira um pouco aquele ar puro do sexo como fonte de vida e joga em nossa cara o sexo selvagem, nosso instinto mais primitivo, nosso lado animal e bestial!

Nem todo mundo aceita, assume ou encara esse lado. Mas creio que na verdade e no fundinho de nossa alma todos tenhamos. As pessoas se expressam e encaram esse lado de diferentes maneiras e o que é chocante pra uns pode ser extremamente normal pra outros. E coisas que podem ser consideradas insanas, pervertidas e anormais para alguns podem fazer parte do sexo semanal de outros! Então é tudo muito pessoal e íntimo.

Mas as loucuras... Ah essas são interessantes e muitas vezes nem mesmo nós próprias cremos no que fizemos, que tivemos aquela coragem, que ousamos tanto.

Tenho amigas que já fizeram muitas coisas, uma delas uma vez chegou à terapia depois de estar sem transar nos últimos 3 anos e disse: " Acabei de vir do motel, estava transando loucamente nas duas últimas horas!" A terapeuta literalmente engasgou e demorou uns 5 minutos pra poder voltar à seção. Outra disse que foi fazer uma massagem relaxante e não só relaxou como também gozou e quando se deu conta estava dando muito prazer oral pro massagista também que sem reservas abaixou as calças no meio da massagem! Gente... Essa eu que engasguei! E ela me olhava com a cara mais ingênua do mundo dizendo: "Mari não sei o que aconteceu, de repente... já estava acontecendo! Aliás, tenho mais de duas amigas que já gozaram em massagens... hahahahaha...

E têm também aquelas outras histórias malucas como transar em banheiros públicos, elevadores (antes das câmeras né gente?!), escadas...!, cercas, chão de estrada... Gente já ouvi cada história boa! Adoro essas confissões picantes...

Mas o mais legal de tudo é ver e analisar o rosto da pessoa quando esta está te contando o causo, tem um brilho no olhar, um sorriso que vem da alma... Sei lá um jeitinho brejeiro e sacana! Tirando o moralismo de lado, acho mesmo um barato!

E você já fez sua loucura sexual? Se nunca fez, faça... é uma sensação única! Agarre seu marido/esposa, seu namorado/namorada, seu parceiro/parceira, ou faça uma loucura com um estranho ou massagista mesmo... hahahahaha... Eu também já fiz as minhas... Mas juro que não conto não!

Beijocas,

Mari

domingo, 24 de outubro de 2010

Cenas de ciúme no bar

Ontem, comemoramos o aniversário da Mari em um bar bem estiloso, com decoração de ringue, em Pinheiros (bairro descoladinho aqui em São Paulo). O lugar estava lo-ta-dís-si-mo. A Mari estava linda, feliz e radiante. Zoe com um sapato vermelho de drag que é um arraso. Bebemos, comemos e nos divertimos.

Na saída...ah, na saída, uma fila gigante pra pagar a conta como costuma acontecer em bares da moda. Mas descobri que fila de bar pode ser tão divertida quanto o bar. Na minha frente, tinha uma menina linda, loira, olhos azuis, com um vestido mais lindo ainda. Ela falava alto, dava ordens ao namorado, sem se importar com o que os outros poderiam achar da cena.

Tudo porque o namorado resolveu olhar para outra mulher no bar. Sim, simplesmente olhar. Aquilo que não arranca pedaços, como a avó da gente costuma dizer. Ela falava impropérios para ele como: "Você é meu! Não admito que vc fique olhando para outra pessoa". Gente, como assim "vc é meu"? Ele é um homem ou uma propriedade dela? E ele calmo só dizia "vc está dando show aqui". Argh! Fiquei com vontade de dizer a ele: "cara, essa mina é um B.O!".

E não é que o cara atrás de mim resolveu dar piti com a namorada dele também? Tudo porque enquanto ele estava na fila para pagar a conta, a namorada resolveu ficar mais um tempo na mesa. "Vai lá e fica com seus amiguinhos", ele disse.

Fiquei pensando que muitas vezes é melhor sair sozinha de um bar do que sair acompanhada por gente tão desesperadamente possessiva. Se pudesse, eu diria: "Hey, garçom, mais amor, por favor! Menos posse.

Irma


ps. A Mari foi ao encontro do 3x30 ontem e disse que tava o máximo! Logo mais ela vai postar as fotos aqui. Beijos e bom domingo

sábado, 23 de outubro de 2010

As idas e vindas das pessoas em nossas vidas!

As pessoas que amamos e convivemos preenchem e dão emoção à nossa vida. Muitas estão sempre presentes e sentimos como se nos pertencessem e pertencêssemos a elas. Muitas por ela simplesmente passam. Entretanto existem algumas que passam, nos marcam, vão embora; e às vezes voltam e trazem consigo boas lembranças e novos momentos.

É tão importante termos nossa vida e alma aberta a estas sensações. Nesses momentos nos atentamos às mudanças que ocorreram durante esta distância e aquilo de essência que continua nos fazendo quem de fato somos.

Hoje uma amiga retornou depois da distância de mais de cinco anos e foi com imenso prazer que percebemos que estamos melhores. Houve várias mudanças em nossas vidas. Mas de certa maneira estamos mais felizes, mais inteiras e o amadurecimento está nos fazendo bem! Ficamos felizes! E nossa conversa girou em torno disso. Falamos de ex-amores e seus percalços e que alguns deles ficaram nesta ida e vinda e que finalmente pudemos deixá-los ir! Falamos de empregos e formatos de vida que mudamos! Falamos de relacionamento familiar que através das mudanças individuais por nós vividas foram se moldando à nossa nova pessoa.

E a importância da vivência social, do convívio, da família, dos amigos, dos amores na nossa formação individual! E como é gostoso ver-se novamente em volta de alguém que foi, mas lembra-se de você com carinho, que carinhosamente fez parte de sua vida e voltou a ela trazida pelas boas memórias.

Sem contar gente, que é ótimo quando alguém que não te vê há quase seis anos te diz: "Nem uma ruguinha a mais, seu cabelo está mais bonito, sua expressão está mais serena, você parece estar mais feliz!" Ah! Querida Lu, obrigada por voltar e me dar este presente! Mostrar-me que as marcas da vida estão me fazendo bem, e me lembrar que estou sim mais feliz!

Enfim, abramos as portas de nossas vidas para essas idas e vindas tão importantes. Deixemo-nos ir e vir nas vidas das pessoas queridas por nós. Mesmo sozinhas nos acompanhamos desses momentos de reencontros tão marcantes.

Beijocas,

Mari

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A contrapartida ao nosso louco dia a dia

Big Jazz Band Heartbreakers (divulgação Metrô)
Hoje fui cobrir a inauguração do Projeto Encontros, do Metrô. E foi muito divertido, apesar do cansaço ao final.
O Encontros leva arte, dança, teatro, música, poesia a 16 estações do sistema exatamente no momento mais crítico do dia: a hora do rush! Muito legal mesmo.

Na abertura, além de uma exposição que conta a história do meu bairro, Paraíso, e da av. Paulista, teve música, com a banda Cantilena Paulistana, depois Grupo do Nelson Triunfo, com Hip Hop, dança clássica, ópera e mais música, dessa vez, com a Big Jazz Band Heartbreakers. Na boa, fantástico! Pena que tive que voltar ao trabalho...

Mas o que me chamou atenção mesmo, foi o sentimento de que "alguma coisa está faltando na minha vida" que aquele monte de cultura, música e dança despertou. Caramba, quando estava na faculdade eu respirava cultura! Ia de uma exposição para outra, de um espetáculo para outro. E não tinha dinheiro para nada, estudava, trabalhava, fazia estágio e ainda saía com os amigos nas horas vagas (e meu apelido entre os funcionários da Cásper Líbero, onde estudei, era Patrimônio, porque ficava lá das sete da manhã às onze e meia da noite!!!)

Como agora, que o dinheiro não é tão curto e, portanto, as possibilidades são maiores, eu posso ter deixado de lado essa parte tão importante para mim? Afinal, estudei dança durante anos, andei com povo de teatro e de música, cantei numa banda, leio feito uma louca...

E então voltei à realidade: quando crescemos e começamos a trabalhar mesmo, sempre acabamos deixando alguma coisa de lado. No meu caso, foi a arte. Não só visitar, ver; mas fazer arte! Dançar, pintar, esculpir! Sei lá! O dia a dia nos consome e precisamos ter uma contrapartida legal.

Essa contrapartida deve vir por meio de algo que nos inspire, que nos faça ser melhor! Para mim a dança me leva para outra dimensão. Nunca me senti tão poderosa quanto quando eu estava dançando flamenco... Nem quando "venci" uma disputa de ideias no trabalho!

Cultura, seja qual o tipo ou estilo, é algo fundamental para a nossa vida. Eu senti isso hoje e vou retomar essa parte que foi dragada pela rotina e pela responsabilidade em "ser uma boa moça e excelente profissional"!

Então, quer dançar comigo?!

Um cheiro,
Zoe

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Gastar dinheiro com roupas ou viagens?

"Quase sempre vale mais a pena gastar dinheiro com coisas que não vão para dentro dos armários, como viagens e festas para celebrar a vida" Martha Medeiros





Essa frase, que li na coluna da Martha na revista do Globo, está martelando na minha cabeça. Nos últimos anos, gastei tubos e rios de dinheiro comprando roupas e sapatos (qualquer semelhança com a Carrie do Sex and The City é a verdadeira coincidência mesmo). Por ano, nas faturas do meu cartão de crédito apareceram diversas prestações de lojas de roupas e calçados. Por mês, meu cartão andava na casa dos 2 mil reais.

Cheguei a cometer a loucura de gastar R$ 350 em uma blusa, sim, uma mera blusa, em uma loja na Oscar Freire, templo de consumo dos endinheirados aqui em São Paulo. Eu estava trabalhando feito uma camela e enfrentava problemas com a minha ex-chefe. Em uma crise de stress, entrei em uma loja que faz desfiles no SP Fashion Week, provei uma blusa vermelha moderna, cheia de recortes, e fui levando ao caixa, sem perguntar o preço. Quando soube que a "peça exclusiva" custava R$ 350 (isso foi em 2004) quase caí morta. Mas mantive a pose e parcelei em não sei quantas mil vezes no cartão.

A primeira vez que usei essa  blusa "fashion", que custa a prestação de um carro zero, foi num jantar na casa da Mari. Assim que ela abriu a porta, um amigo dela, o João Milton, disparou: "Irma, vc está linda. Que blusa maravilhosa. Parece uma espanhola!". Gente, eu amei. Ao ouvir aquilo, eu tive a exata certeza de que os R$ 350 valeram a pena. Minha auto-estima tava tão lá embaixo, que aquele elogio me deu forças para enfrentar semanas de assédio moral no meu trabalho. Portanto, não me arrependo de ter gastado dinheiro pra me vestir bem.

Mas pensando bem no assunto $$$, nada, nada mesmo, valeu tanto a pena na vida quanto investir meu suado dinheirinho em viagens. Conhecer lugares, diferentes culturas, gente, trocar experiências, testar sabores, sentir novos cheiros...Você nunca volta a mesma de uma viagem qualquer lugar que seja. Viajar é preencher espaços na memória é ficar rico de cultura, é aliviar a alma.

Hoje, tenho tentado não trocar tanto o guarda-roupa pra deixar espaço nos armários e no meu bolso para gastar com viagens. Meu sonho? Conhecer a Espanha no ano que vem. Quem sabe levo na mala a blusa vermelha "espanholada"?

Irma

ps. Ah, também já gastei bastante dinheiro com festas! A-do-ro, mas isso dá outro post

101 seguidores..... estamos mesmo muito felizes!!!

SUPER OBRIGADA...

Queridos amigos e amigas e leitores e seguidores e todos vocês que passam por aqui... Alcançamos 101 seguidores e nós três estamos tão felizes e orgulhosas e queremos muito agradecer a vocês por nos ouvirem, lerem, dividirem conosco suas opiniões, emoções e sensações.


Ontem como muitos de vocês sabem foi meu aniversário e além da homenagem da Irma e todos os comentários tão carinhosos chegamos ao número 101... Passamos dos 100 seguidores do nosso blog que fala dos percalços de se ser ou estar sozinha ou acompanhada. Acompanhadas de todos vocês nos sentimos tão honradas em poder contar com a atenção que vocês carinhosamente nos dispensam!

Este espaço é tão importante pra nós! E todos vocês são tão importantes pra nós!

Hoje faz exatamente 7 meses que começamos o nosso blog. Somos três mulheres com nossas semelhanças e diferenças, por vezes sozinhas e outras acompanhadas, falando pra quem quiser ouvir sobre ser mulher, viver neste mundo e ser ou estar sozinha ou acompanhada e como sentimos tudo isso.

Tem sido uma experiência fantástica! Temos nossas reuniões de equipe às vezes e entre brigas, puxões de orelhas, carinho e encorajamento, bebemos uma biritas e ficamos todas orgulhosas do nosso blog!

Queremos agradecer muito a todos vocês por nos ouvirem sejam sozinhos ou acompanhados, quando estamos sozinhas ou acompanhadas e por nos acompanharem não nos deixando sozinhas!

Muitas beijocas e muito obrigada,

Mari, Irma e Zoe.  



Obs. a idéia do agradecimento a vocês foi da querida Zoe! E eu dei o ar da graça... e a Irma assina embaixo...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Happy birthday dear Mari!


Era um sábado do ano de 2001. Eu havia começado a namorar o Augusto (meu marido) e fui encontrá-lo em Pinheiros, na casa da professora de inglês dele. Subi até o quarto andar do predinho simpático da rua Teodoro Sampaio, no burburinho das lojas de instrumentos musicais. A professora me recebeu com um sorriso largo e me serviu comidinhas e bebidinhas.  Foi amizade à primeira vista. Daquele dia em diante, eu e  a Mari ficamos cada vez mais próximas, cada vez mais amigas.

A Mari  provoca essas reações. Tem o dom de fazer amizade fácil. Mulher de personalidade forte. Fala alto, ri mais alto ainda. Por onde passa chama a atenção. Vai ocupando cada espaço que vê pelo caminho, no coração da gente, na mente da gente, na vida da gente. Não existe meio termo nem para ela nem para quem convive com ela. Ou ela gosta de você ou não. Ou vc gosta dela ou não. Porque ela é verborragicamente sincera. Fala no olho. Diz na cara. Critica ou elogia na lata. Se você não estiver pronta para ouvir, não vai conseguir encará-la de frente novamente. Por isso, todas nós, suas amigas, já brigamos com ela. Por isso todas nós, suas amigas, precisamos tanto dela. Por isso todas nós, suas amigas, a amamos tanto.

A Mari é espontânea. Dona de expressões inconfundíveis como "inenarrável", "como cê tá, bem?", "sei, né, querida?". Sua casa está aberta como coração de mãe. Ela vai de zero a 100 sem perder o bom humor. É a única pessoa que conheço capaz de te dar uma bronca (quase sempre com razão) e em seguida te elogiar (sem falsidade). Se altera o tom da voz, em seguida, ri, gargalha e vira o centro da atenção no bar, na cozinha, na sala de estar, ou em qualquer lugar em que estiver.

Festa sem ela não é festa. Fica faltando um pedaço. É como aniversário sem bolo. Casamento sem buquê. E hoje é dia de festa. A Mari faz anos. O azar é só dela. A sorte é só nossa de conviver com essa mulher incrível, com essa amiga maravilhosa. Cada ano que passa, ela fica mais velha. Cada ano que passa, a gente fica mais feliz em conviver com ela. Eu e a Zoe mais ainda que agora dividimos o blog com ela. E vai ter que ter festa!

Happy birthday, teacher! You are my BFF (adoro essa frase, hahahahah)
Irma

domingo, 17 de outubro de 2010

Hoje é dia de festa!

Logo mais vou participar do chá-bar de um querido amigo meu, Marcelo, que em novembro se casará com a linda Mari. Eles são super fofos e têm uma história bem lindinha, que mostra que mesmo nesses tempos complicados de amores líquidos, voláteis, ainda existem muitas pessoas que sabem o que desejam e correm atrás.

O Má trabalhou comigo. Começamos meio assim chefe e chefiado, sabe? Mas com o tempo, a vontade de crescer profissionalmente dele me supreendeu tão positivamente quanto descobrir a pessoa maravilhosa que ele é. E ficamos muito amigos.

A Má me assustava no começo, é verdade. Sempre muito séria (e eu o contrário), ela dava uns sorrisos retos e falava muito pouco. Trabalhávamos todos na mesma empresa e acho que isso era o fator que a impedia de ser mais solta: éramos de departamentos muito diferentes! Quando quebramos os quatro muros empresariais, a coisa mudou bastante e eu adorei conhecê-la de verdade!

Quando o Má encontrou a Mari, ele era um cara bem safadinho, sabe? Menino de tudo, curtia a vida como todos hoje em dia fazem. Mas a paixão, que com certeza se transformou em amor de verdade, o fez ser hoje um daqueles caras que toda mulher deseja: apaixonado, dedicado, com uma vida individual, mas extremamente cúmplice e companheiro. A Má é uma mulher forte, que sabe o que quer e vai à luta. Daquelas que todas as mulheres admiram.

É incrível ver como os dois são tão jovens e tão centrados com relação ao amor deles...

O Má passou por tempos difíceis. A Má sempre o apoiou. E os planos de comprar um apê e casar nunca mudaram, não interessava o quão difícil a situação estava. Agora já está tudo certo: o casamento será daqueles tradicionais e com todos os amigos presentes. A casa já está à caminho. Claro que as dificuldades ainda são grandes, afinal, quem não tem alguma, mas a sinceridade na relação desses dois jovens, com uma grande adição de vontade e garra, já indica que tudo vai dar certo!!!

Felicidades aos  noivos M&M!!!

(Essas histórias simples e verdadeiras reiteram a minha esperança no amor verdadeiro...)

Um cheiro,
Zoe

sábado, 16 de outubro de 2010

E como você lida com a perda?

Nina clicada por Lilian Nakashima
Outro dia, conversando com uma colega do trabalho sobre minha cachorra, que não andava muito bem, ela perguntou a idade dela. Quando disse 13 anos, ela tascou à seco: “E como você lida com a perda?”

Eu, racionalmente, saquei minha resposta automática e disse, super segura (e cínica): “Ué, é o ciclo da vida. Pelo menos sei que cuidei bem, dei carinho e recebi muito também.”

Mas a mentira ficou latejando na minha cabeça.

Eu não lido bem com a perda. Já perdi uma filha recém nascida e até hoje penso se tinha alguma coisa a mais que poderia ter feito (apesar de saber cientificamente que não tinha).

Hoje, lido com a velhice da minha cachorra, que ainda tem aquele jeito alegre de um filhotinho, mas já está começando a ficar com alguns probleminhas sérios. Ela é uma grande companheira e, preciso reconhecer, me ajudou muito a superar a perda da minha filhota (mas não se preocupem – é uma cachorra que não usa vestidinho e nem tem o apelido de filha, ok?). Pensar em ficar sem ela me dá arrepios.

Muito pior é lembrar da minha mãe, que começa a dar sinais de Alzheimer. Uma mulher maravilhosa, ágil, que virou a mesa depois da falência do casamento, agora é uma senhora com saúde de ferro, aparência jovem, mas uma cabecinha tão esquecida… Se houver realmente a evolução da doença, sei que logo mais minha querida mãe se transformará em uma criança e depois todas as suas lembranças se perderão como fumaça.

Muito triste.

E o que eu, um ser humano comum, frágil e impotente, pode fazer frente a um futuro certo e comum, de certa forma, a todos nós? Afinal, como dizem por aí, a única certeza da vida é a morte - puro reflexo do ciclo da vida!

Ficar triste, sim, um pouco. É impossível ignorar a dor. Mas nem tanto a ponto de deixar de curtir ao máximo todas as oportunidades de estar ao lado de quem eu simplesmente adoro. Reconhecer os novos limites e me acostumar com eles, sem cobranças ou expectativas. Apenas amor.

Bem que eu queria ter sido verdadeira…

Um cheiro,
Zoe

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feliz dia do Professor!


Eu sou professora! E gosto muito da minha profissão.

É muito difícil, pois não é uma profissão muito valorizada ou mesmo considerada, apesar de sua enorme importância ser até reconhecida.
Atualmente são tão diversas e heterogênias as situações referentes à educação que fica difícil opinar.
Mas numa coisa todos concordam: a Educação Pública está muito ruim e deixa muito a desejar.
Seria isto culpa de alguém? Dos professores? Dos alunos? Dos pais dos alunos? Do governo e governantes? Do descaso? Da solução fácil?
Talvez infelizmente todas as alternativas acima.

Atualmente não trabalho mais em sala de aula, mas fui professora do Estado de São Paulo por cinco anos, de 1985 a 1989. Era concursada, com cadeira! Naquela época depois de fazer uma greve por 70 dias no governo Quércia, resolvi que teria que mudar de profissão. Não estava mais feliz. Não conseguia executar meu trabalho com satisfação e então mudei totalmente minha vida. Fui embora do Brasil, pedi exoneração do meu cargo e cadeira e morei nos Estados Unidos por cinco anos, apesar de ter voltado uma vez e ficado um ano aqui no Brasil. Foi uma época de muita indecisão pra mim! Mas voltei e estou muito, mas muito feliz mesmo aqui no Brasil e não pretendo morar em nenhum outro país! Agora só passear! Quero construir alguma coisa aqui no meu país, junto com os meus conterrâneos!

Mas nunca consegui tirar a "professora" do meu sangue! Sou professora de inglês atualmente. Professora particular e trabalho geralmente com adultos profissionais. Adoro!

No momento estou desenvolvendo um projeto de trabalho "voluntário" para trabalhar com professores e alunos, da rede pública principalmente, no tema MOTIVAÇÃO! Meu objetivo é começar a apresentar esse workshop que estou desenvolvendo a partir do ano que vem.

Por isso falo tanto sobre EDUCAÇÃO aqui no nosso blog! Por isso prezo tanto e digo incessantemente que só alcançaremos mudanças concretas e objetivas através das mudanças que vêm com a educação!

Parabéns a todos os professores sejam eles formais, ou pessoas que se dedicam a ensinar, criar, buscar melhoras e progresso, pessoas que acreditam e que buscam aprimoramento e mudanças positivas!

E se você é professor por "acaso", ou porque não tinha outra profissão, ou porque era mais fácil, ou porque não sabia o que fazer, mude! Tenha a coragem de ir buscar-se a si mesmo e deixar a Educação para aqueles que realmente querem EDUCAR e melhorar a educação!

A educação vale à pena, principalmente quando a alma não é pequena! E quando fazemos o que amamos nossa alma engrandece e fica imensa!

Beijocas,


Mari

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Igualdade entre os sexos cada dia mais longe!!!




"De acordo com o Fórum Econômico Mundial o Brasil caiu da 67a. colocação em 2006 para 85a. colocação em 2010 entre os 134 países estudados. Os principais problemas para o Brasil estão na economia já que a renda da mulher chega a ser 60% menor que a do homem para executar o mesmo trabalho, o que chega a ser uma das piores do mundo, pois ficou em 123a. lugar e tem caído constantemente nos últimos três anos! Outro problema é a participação política das mulheres em relação aos homens (mesmo tendo duas candidatas a presidente!!!)."


Fiquei mesmo muito triste quando li esta notícia hoje. Saber que estamos regredindo é mesmo muito triste. E creio que só melhoraremos efetivamente quando as mães e pais começarem a criar seus filhos igualmente, sejam eles homens ou mulheres. Quando nós mulheres tivermos menos preconceitos e criarmos nossos filhos e filhas sem eles, com o apoio, é claro, dos homens. Quando nós mulheres pararmos de criticarmos umas às outras, nos responsabilizando por tudo que existe de errado conosco, e soubermos ter um olhar mais social, pensando e estabelecendo soluções, ao invés de nos concentrarmos nas críticas.

O problema maior é estarmos regredindo! É mesmo muito ruim. Acho que é também um sinal de uma tentativa de perpetuar-se a ignorância. Temos que mudar o olhar. Temos que mudar os exemplos. Temos que pensar mais e nos questionar mais antes de assumirmos que está tudo bem e melhorando.

Temos que pensar o que fazemos individualmente para diminuir, amenizar ou acabar com este tipo de preconceito que perpetua o estado da mulher como inferior. Temos que demandar mais atenção e mais respeito. Temos que exigir mais direitos e mais mudanças. Temos que investir na educação das nossas meninas e meninos pra que o mundo e o Brasil principalmente saibam vê-los e tratá-los com igualdade.

E só podemos ver mudanças assim na sociedade quando começamos em nossa casa.

Pense no que você pode fazer pra mudar essa disparidade em sua própria casa, seja sozinha ou acompanhada de seu companheiro. Vale muito mais a pena quando as pessoas andam juntas para o sucesso, o alcance e as vantagens são sempre maiores na união!

Beijocas,

Mari

Força e oração

Pessoas queridas,

Logo mais, às 7h, estarei levando minha mãe para ser internada no hospital. Como já disse aqui, ela fará uma cirurgia complicada na região do intestino. Conto com a força e oração de vocês para que tudo dê mais do que certo. Mamis é jovem, bonitona, cheia de vida e com muita força e vontade de viver. Tenho certeza de que logo mais estará de volta ao batente. Ficarei fora do ar por alguns dias.
Volto com notícias boas, em breve, tenho certeza.

Beijos

Irma

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Simplicidade versus Amor

Quando vi que o Rush estaria no Brasil, lembrei de uma história maluca que até hoje não sei o final.

Há tempos, na primeira vez que o Rush esteve aqui, minha irmã me azucrinou para irmos ao show. Meio à contragosto, eu fui. E lá encontrei um conhecido da faculdade. Não sei como nos reconhecemos. Ele era de outro curso, acho que até de uma turma a mais que a minha, e já fazia um bom tempo que a formatura tinha acontecido... Mas vamos lá!

Acabamos ficando todos no mesmo lugar (ele estava com um amigo). E depois trocamos telefones e começamos a sair - como amigos, ok?!!

Com isso, acabei conhecendo mesmo o rapaz. Ele já estava na casa dos trinta, era gerente em uma multinacional, já havia comprado seu apê e tudo mais. Vida feita. E quase perfeita.

O seu dilema era a namorada. Ele era apaixonado por uma garota e fazia anos que estavam juntos. Mas ele tinha desmanchado o enlace. Por quê? Porque ela era uma pessoa muito simples e não conseguia acompanhá-lo na vida "social/profissional".

Gente, fiquei passada!!!

Na época, mais ainda! Sempre fui chegada a homens mais novos (portanto, com certa diferença na vida profissional e financeira) e nunca prestei atenção no quesito "simplicidade". Mas acredito de verdade que as pessoas evoluem e que sempre estamos aprendendo. Então, não conseguia entender esse lance de ser impossível ela acompanhá-lo... Todo mundo pode aprender coisas novas, não é? Eu aprendo todos os dias!!!

Hoje, o entendo um pouco mais. A vida corporativa realmente cobra algumas posturas esquisitas. E às vezes sambamos um pouco (eu, ruiva de cabelos curtos e solteira aos 40, sei bem como é...). É complicado e a pressão é grande.

Mas não justifica trocar um amor por uma imagem corporativa! Vi a foto da menina. Ela era bonita, tinha um jeito simpático e um sorriso largo. Ela não parecia uma estúpida...

Enfim, saímos algumas vezes e em todas ele estava muito chateado e sempre bebia demais (o cara era diabético - muito deprê pro meu gosto fazer algo que você sabe que num é bom para a sua doença. Meio suicida, sabe? Tô fora...). Os amigos que conheci também não se conformavam com a "solução" dele...

Depois de um tempo, ele sumiu.

E hoje lembrei da história e fiquei pensando no que pode ter acontecido. Espero que somente o melhor. E como sou romântica, que o melhor tenha sido ele ter reconhecido o preconceito idiota dele e ter pedido desculpas para a menina, que, claro, aceitou e percebeu que poderia aprender ainda mais coisas novas e boas.

E foram felizes para sempre!!!

Que tal?

Um cheiro,
Zoe

A grande armadilha da expectativa!


Sim agora mesmo em um momento "Johnny" pensando em amizades e como nos relacionamos com nossos amigos comecei a me dar conta de que tenho expectativas em relação a eles e de como estou e sou errada em fazer isso. Quando projeto minhas coerências e minhas experiências em meus amigos automaticamente acabo tendo expectativas em relação a eles e como agem ou comportam-se em ralação a mim em suas vidas e a eles próprios e suas experiências.


E de repente, foi como se uma bacia de água gelada caísse na minha cabeça, pois lá estava eu pensando que tenho minha individualidade e que deveria ser respeitada por isso e não ter que agir de determinada forma.

Daí me dei conta de que estava esperando uma atitude pré-determinada de meus amigos e não os aceitando como são. É realmente uma armadilha, como o é sempre a expectativa. Seja ela em relação à sua vida profissional, amorosa, familiar ou social. Então como exigir respeito à sua própria individualidade e escolhas das pessoas em sua volta e ao mesmo tempo respeitar a individualidade e escolhas delas????

Sinceramente achei isso um quebra-cabeça! Fiquei pensando e pensando e acho que talvez seja saber a dosagem certa. E isso é mesmo muito complicado e difícil! E lembrar-se sempre porque aquela pessoa está incluída no seu círculo profissional, amoroso, familiar ou social. E fazer tudo isso com muito amor no coração, principalmente por você mesma e ir tentando aprender! Dosando, sempre dosando na procura do equilíbrio.

Beijocas,

Mari

domingo, 10 de outubro de 2010

Dia 10/10/10


Programei esse post para entrar às 10h de hoje, dia 10/10/10. É que li uma matéria no jornal Agora (o mais vendido em bancas aqui em São Paulo) sobre a importância do dia de hoje. A data, segundo numerólogos, significa TRANSFORMAÇÃO. O dia é bom para pensar em novos objetivos porque o número 10 tem a ver com grandes viradas na vida.

"No creo en las brujas, pero que las hay las hay". Sou daquelas que lê diariamente o horóscopo e acredito na numerologia. Assino o meu nome de modo que forme 13 letras porque ouvi que isso dá sorte (podem rir!). E nas noites de Santo Antonio, do dia 12 para o 13 de junho, é tradição lá na casa da minha mãe fazer simpatias mesmo para quem já é casada, haha (Mari, lembra da simpatia dos pauzinhos?). Diante de todo esse meu currículo, li com muita atenção essa matéria sobre a data de hoje.

Segundo astrólogos, cada data com repetição numérica, como hoje, traz mais energia. E eu não vou recusar energia! Gente, tô precisando. Então, hoje, domingão, 10/10/10, quem quiser pode seguir a recomendação dos astrólogos de plantão pra atrair boas coisas:

1- Falar menos e refletir mais

2- Meditar (essa é impossível pra mim)

3- Listar seus objetivos

4- Dormir  e comer bem

Depois me contem se algo mudou.
Um domingão mais do que 10 pra todos nós!

Irma

sábado, 9 de outubro de 2010

A importância do descanso!


Às vezes sinto que tudo que precisamos é de um descanso!
Dar um tempo.  Sentar e esperar um pouco.  Parar de pensar, racionalizar, tentar resolver ou achar as soluções.

Simplesmente parar.  Entrar um pouco pra dentro.  Deitar no sofá sozinha, com a televisão desligada e só ficar ali por algumas horas junto com o nada.

Quando tem um feriado assim e fico em Sampa, aproveito pra fazer um pouco isso.  Só ser.  Não fazer nada.

Muitas vezes o pensamento percorre caminhos inimagináveis, memórias quase esquecidas, soluções por tanto tempo perseguidas, lembranças de pessoas, músicas e poemas.

Arrume pra você um tempinho neste feriado e simplesmente SEJA.  Entre um pouco pra dentro.  Fique um pouco sozinha(o) com você mesma(o).  Descanse de tudo e de todos, pelo menos por alguns momentos e depois me cotem como se sentiram.  Eu aposto numa introspecção sadia e frutífera!

Bom feriado e bom descanso!

Beijocas,

Mari

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mulher é como um polvo

Essa foi a afirmação que ouvi de um amigo cubano. Ele já foi casado quatro vezes e em todas, se separou porque a mulher virou um polvo. Parece engraçado, né? Mas não é!

Explico: a teoria dele, muito boa aliás, é que a mulher faz de tudo para conquistar os homens. Inclusive baixar a cabeça e aceitar coisas que não curte. Depois de um tempo -dois anos para ele-, elas começam a mostrar os tentáculos, que acabam sufocando o homem e, portanto, enfraquecendo a relação, que não se sustenta com tanto disparate entre o que era e o que se tornou.

Um bom exemplo: as saídas com os amigos. No começo, a garota sai sempre com os amigos do rapaz. Com o tempo -e a certeza de que a relação está "amadurendo"- os tentáculos começam a aparecerem e a resposta sincera vem à tona: "Ah, mas eu nem gosto muito dele!" E daí, uma sequência de "hoje não", "deixa para amanhã", "vamos só nós dois", "mas de novo?" e outras frases típicas.

O pior é que ele afirma é que as mulheres nem percebem o quanto se modificam para agradar o parceiro. E depois, quando acham que a partida está ganha, se mostram ciumentas, segregadoras e limitadoras. Chato né? E também verdadeiro...

Eu não posso negar que já vi isso acontecer várias vezes (e vira-e-mexe vejo um novo espécime surgir na minha frente) e até já fiz algumas coisas meio que desse jeitinho polvo. Mas acredito muito que amadurecemos (de verdade) com nossas experiências e, com isso, conseguimos enxergar esse movimento. Ficamos mais seguras e buscamos relacionamentos verdadeiros. E se queremos algo verdadeiro, não podemos iniciar tudo abrindo a mão do que queremos e sentimos.

Para mim, relacionamento à dois não é uma união, é uma intersecção. Somos seres únicos que, juntos, compartilham grande parte da vida, mas continuam sendo indivíduos. Parece besteira mas não é. Manter a individualidade (com confiança e segurança) faz bem para o relacionamento -pelo menos eu acredito nisso! E parece simples de levar adiante, mas não é nada fácil.

O que acham?

Ah! Encontrei o livro de Içami Tiba, "Homem Cobra, Mulher Polvo", que trata da relação entre mulher e homem em seus diversos aspectos. Sinceramente não sou muito chegada à livros de autoajuda e não li esse, mas me parece interessante. Talvez mereça ser lido. Bem diferente da nossa Mulher Polvo, esses tentáculos estão mais ligados ao estilo multimídia de ser do que à necessidade de controlar o companheiro...

Melhor né? Tiba relata cenas do cotidiano no shopping, na praia, no restaurante, no banheiro, entre outros que exploram as diferenças entre homens e mulheres com um toque de bom-humor. E num é que achei também um blog da Mulherpolvo? Mas estilo Tiba de ser! Legal!

Um cheiro,
Zoe

P.S.: Ah! E esse lance de polvo serve para homem também, viram, meus senhores?!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Javier Bardem e o pé na bunda

Li no fim de semana uma entrevista com o ator Javier Bardem, na qual ele conta que viveu uma experiência que mudou sua vida, aqui, no Brasil. Ele tinha 19 anos e tinha marcado uma viagem para o Rio com sua namorada. Na véspera da viagem, ela deu um baita de um fora nele. Desconsolado, ele veio ao Brasil mesmo assim.

O galã espanhol conta que ficou muito deprimido e ficava sozinho, jogado na areia da praia. Em sua solidão, ele teve crises de ansiedade e pensou que ia morrer tamanho o sofrimento pelo pé na bunda. "Numa das crises, a sensação era tão forte que eu fiquei aterrado. Achei que ia morrer longe de casa. Todo garoto tem seu momento de virar homem. Aquele foi o meu. Percebi que tinha de reagir, retomar minha vida, e foi o que fiz". Profundo e muito, muito verdadeiro.

Pode atirar a primeira pedra quem não sofreu por amor, como diria o samba de Ataulfo Alves. A sensação de tomar um fora é pra lá de péssima. Parece que a gente vai morrer literalmente. Como Javier, quando tomei um fora, tive crises de ansiedade, falta de ar, dor no peito e choro, muito choro. Perder tem sempre um sabor amargo.

A vida da gente  para por um tempo, fica difícil sair da cama, manter a rotina. Se concentrar no trabalho, então, é um baita sacrifício. O melhor a fazer é tomar chá de paciência e contar com o apoio  dos amigos.
O fim de um relacionamento é uma reviravolta na vida de qualquer um. Mesmo quando a decisão for  acertada, nos casos em que terminar é bom para os dois, seguir adiante é seguir com dor. E, claro, quanto maior o tempo do relacionamento, pior a dor na caminhada. O conforto é que, assim como felicidade tem fim, tristeza também tem fim (agora ao contrário do que diz o samba de Vinicius de Moraes). Alternamos momentos de alegria e de tristeza. E, no fim das contas, sofrer nos torna mais maduros.

O pé na bunda nos obriga a agir de alguma forma em nome da própria existência. Para sobreviver, com a auto-estima lá no pé, é preciso se amar muito. O importante é respeitar o tempo de cada um. Tem gente que precisa se recolher, outros que precisam extravasar. Não há uma receita. Cada um deve olhar para dentro e buscar as respostas. A solidão traz auto-conhecimento e, por vezes, é necessária na busca de uma nova companhia. Mas para que um novo amor venha de fato, é preciso fechar os ciclos, terminar as coisas.
E pra fechar com música, chama o Raul: "tenha fé em Deus, tenha fé na Vida, tente outra vez".

Irma

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fiz porque cabia dentro de mim!

Adorei a frase e anotei na hora! Final de semana passado fui pra minha terra Natal, Mogi Mirim, votar! Ok, eu sei, preciso transferir o título e prometo que vou antes das próximas eleições municipais! Como sempre faço fui visitar minhas tias velhinhas, as irmãs do meu pai que eu adoro! Sabe aquelas tias que olham pra você sorrindo e que você tem certeza que te amam, pois é, minhas tias Eneida (88 anos) e Nenzinha (86!) são assim, eu tenho absoluta certeza que elas me adoram! E é ótimo pro meu ego! E nos divertimos muito, elas me ensinaram a cozinhar muitos pratos, são alquimistas na cozinha, são mulheres fortes e admiráveis e aprendi com seus exemplos e tenho certeza que por isso mesmo não preciso repetir algumas histórias delas que são tão, tão tristes! Elas me contam histórias, elas me ouvem, nós discutimos, elas me contam mais histórias e nós rimos muito! Minha família tem o riso na boca e isso pra mim é DEMAIS!

Então minha tia Nenzinha estava comentando sobre seu ex-marido, a história é meio complicada! Ela se casou bem jovem, ele era viúvo e tinha um filho pequeno. Ela se tornou madrasta! (hahahaha... mas não foi como nos contos de fada! Vocês entenderão mais tarde.). Ela disse que ele era lindo! E tudo o que ela queria era se casar e sair da casa de seus pais. Já apanhou na lua de mel, e pensou em fugir! Mas não teve coragem de levar aquela vergonha pra seus pais que a avisaram muito pra não se casar com aquele homem!

Tenho vontade de chorar toda vez que penso nessa história! Ele era um homem muito mau! Com todos. Eles tiveram três filhos e ele foi um péssimo pai. Um péssimo marido. Um péssimo tio! Era um vagabundo! Minha tia se matava de trabalhar e ele ficava sentado na padaria! Às vezes fico pensando o que o levava a ser tão ruim! A maldade é muito difícil de entender. Numa outra vez que ele bateu na minha tia, ele batia nela com certa frequência, ela procurou meu pai, seu irmão mais novo e disse que se separaria, pois não aguentava mais aquela situação e meu pai naquele momento fez o melhor que pôde, foi conversar com meu tio e disse que se ele encostasse a mão na minha tia mais uma vez "ele iria entrar pelo mesmo buraco que ele saiu!" (minha tia repete essa frase e ri... ela naquele momento achou o máximo!). Meu tio nunca mais bateu na minha tia depois disso, mas não parou de fazer coisas horríveis e ser um homem mau! Depois de alguns anos ele a abandonou e ela ficou arrasada! Vocês acreditam? Ela tinha se acostumado à violência, pois apesar da física ter parado ele a violentava psicologicamente diariamente! Ela não queria carregar o estigma de ser uma mulher separada! De que seu casamento falhou e não deu certo! Mas ele a largou assim mesmo, foi embora com metade do dinheiro que eles tinham, e foi viver a vida! Ela ficou muito triste! Com a auto-estima mais abalada ainda, se sentindo uma mulher feia e largada! Ela que era LINDA, morena de olhos verdes, peituda, corpão! Enfim! Como ela sofreu!

Muitos anos depois, quando o dinheiro dele tinha acabado e ele estava com Mal de Parkinson e entrevado numa cama, o que vocês acham que aconteceu? Minha prima a filha deles pediu a minha tia que cuidasse dele, pelo amor de Deus! E minha tia assim o fez! E ela me diz que não se arrepende! Que fez por caridade!

Que fez porque Deus lhe deu forças, porque ela era melhor e provou isso pra ele e pra todo mundo, mas fala isso sem empáfia ou orgulho, fala muito naturalmente e termina dizendo: FIZ, PORQUE CABIA DENTRO DE MIM!

Antes de a ouvir dizer isso neste final de semana sempre pensei na situação achando que ela tinha sido uma "trouxa", Amélia, vítima, coitada... Hoje penso bem diferente! Minha tia é o máximo! E continua linda! Continua rindo! Tem lembranças boas apesar de ter sofrido muito na vida! Ela se superou, e não se violentou para ajudá-lo no final da vida dele, pois ela é maior que tudo isso, porque na verdade, ela fez porque cabia dentro dela!







Tia Nenzinha, eu te amo muito!

Beijocas,

Mari (Nana, pois é assim que ela me chama!)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Novidades do coração

Eu tenho um grande amigo. E adoro o cara exatamente como ele é: totalmente confuso com questões do coração, atrapalhado em seus romances de folhetim e também por vezes, um pouco ausente, dedicado ao desejo intenso de ser feliz. Mas tão buonna gente!

Vira e mexe vamos ao Veloso. E entre uma coxinha e um chopp, batemos longos papos. Ele, sempre desejando entender os próprios passos e querendo ouvir e ouvir... A última dele é pra lá de tragicômica.

Brilho nos olhos = Amor?
Havia dois anos (ou mais?) que ele estava namorando uma garota muito legal. Ela chegou a se mudar para a casa dele, depois voltou a morar sozinha. E o namoro continuou. Mas a coisa, que já não estava caminhando bem por parte dele, piorou.

O rapaz continuava lá, do ladinho, sendo um querido namorado, porém, com a cabeça em qualquer outro lugar, menos no namoro. As saídas com os amigos também se intensificaram, assim como as nossas saídas e os pensamentos mais difusos, digamos, sobre o namoro.

Certo dia desmancharam. Depois de muita conversa e desencontros, voltaram. E assim ficaram por mais um bom tempo.

Durante esse período, conversamos algumas poucas vezes. Ele não gostava daquela situação. E eu disse que há tempos não via o olho dele brilhar de verdade por uma mulher...

O rapaz levou aquela informação para casa e foi muito legal o que aconteceu: dias depois, recebi um email com a seguinte mensagem: "Tudo acabado. Estou triste, mas quero ter aquele brilho no olhar de novo."

Para mim, essa novidade do coração foi muito legal! Ele conseguiu ser honesto com ele mesmo, deixou a namorada dele ir - afinal, ela estava presa a um relacionamento furado! Super sacanagem, né? -, e está buscando, com calma, sem desespero ou necessidade de "estar com alguém", um relacionamento legal.

Como é difícil para tantos homens e mulheres se libertarem de um relacionamento falido né? Se um namoro já é complicado, imaginem uma relação de muitos anos, com filhos? Deve ser uma doideira... E já falamos muito sobre isso!

Eu fico feliz com mais esse passo. Parece pouco, mas esse desapego vai abrir novos caminhos para ele e para ela também! Felicidades aos desnamorados! E muito amor!

Um cheiro,
Zoe

Mulheres que controlam homens


Eu entendo, embora não aprove, o gosto de certos homens por mulheres dominadoras, dessas que controlam e mandam na relação. Mas acho constragedor, pra não dizer lamentável, quando uma mulher fala alto, às vezes chega até a gritar, com um homem na frente dos outros. Fico pensando o que leva um homem (ou uma mulher na situação inversa) aceitar esse tipo de cena.

No meu antigo emprego, vi uma cena que me marcou muito. Um colega era casado com outra colega muito, muito mandona. Ela o controlava tanto, que ele evitava almoçar com outras colegas, inclusive comigo, que era chefe dele. Quando uma menina sentava perto dele para conversar de coisas do trabalho, a mulher ligava o alerta da paranoia e ligava no ramal dele. Eu ficava com comichão para não interferir. Minha vontade era de dizer "cara, ou vc muda essa situação, ou essa relação uma hora vai explodir". Mas claro que eu me contive.

Um dia, em pleno aniversário dele, ele saiu mais cedo porque estava doente com muita dor de garganta. Um outro colega nosso, que havia se esquecido de dar parabéns ao "Senhor controlado", resolveu ligar para o aniversariante. Vocês acreditam que a "Senhora mandona" atendeu o celular do marido e disse assim "Ele está sem voz e não vai falar com você"!!!!! Gente, isso mesmo, ela impediu o marido de atender o telefone para receber um "singelo parabéns". É demais! A empresa inteira soube dessa cena e, por onde ele passava, as pessoas cantavam baixinho atrás "Tá tudo dominado, tá tudo dominado".

Nós, mulheres, demoramos tanto para conquistar alguns direitos e algumas de nós fazem questão de repetir erros dos homens que tanto assombraram nossas antepassadas: o controle na relação. Quantos homens, no passado, fizeram o que bem entenderam com suas companheiras porque sabiam que elas dependiam dele financeiramente e nada fariam para mudar a condição de subjugadas? Minha avó, por exemplo, tentou se separar do meu avô (que bebia e enfernizava a vida dela), mas foi obrigada a voltar para casa porque ele exercia o controle financeiro da vida dela. Isso aconteceu em vários e vários lares.

Por isso, quando vejo uma mulher maltratando um homem em público, controlando a relação à base do medo, penso que esse é um caminho muito errado. E, se o controle e a dominação são um material excitante para o macho (afinal, tem casal que a dinâmica do sexo está baseada no controle mesmo), penso que isso poderia ficar restrito a quatro paredes. Se seu marido se excita a cada vez que você grita com ele, por favor, poupe outras mulheres e outros homens dessa cena lamentável.

Irma

ps. Gente, como eu queria que esse colega lesse esse post!!!!

sábado, 2 de outubro de 2010

E o que vocês me dizem do ciúmes????

O ciúme é muito discutido e muito falado e com certeza de uma forma ou de outra presente na vida de todos nós.
O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva. Nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferem apenas suas razões e as emoções que sentimos.

O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que outra pessoa tem.

Quanto mais baixa for a auto-estima, mais propensa está a pessoa de sofrer com um dos dois sentimentos. Ciúme e inveja desviam o foco de quem os sentem, pois este pára de cuidar da própria vida, tão preocupado que fica com a vida de outra pessoa. Por outro lado, se enfrentados, podem levar a atitudes positivas como melhorar a aparência, desenvolver novas habilidades e trabalhar a auto-estima.


Mas hoje nosso foco será no ciúmes relacionado ao amor! Quem nunca sentiu um ciuminho que atire a primeira pedra!  Pra mim é mesmo um misto de dor de cotovelo, com inveja e um forte sentimento de perda. E haja auto-estima! Uma vez eu joguei um copo de whiskey na cara de um cara que eu saía (gente eu não era nem namorada... hahahaha...), foi uma cena super "novelesca"... eu era muito nova, muito louca, e achava que o amava, quando na verdade era minha auto-estima que tinha se esvaído ralo abaixo!  Ele era o maior "tranca" e eu a maior "trouxa"! Isso foi lá no interior, lá nos anos 80, eu tinha 18 anos... foi meu primeiro... e saía com outras 6... Gente olha só que bosta!!!!  Mas os anos se passaram e eu jamais faria uma cena dessas de novo, mas também jamais ficaria com um homem como aquele!

Que bom que mudei!!!!

Agora tem um ciúmes que é bonitinho, quando a pessoa te mostra que precisa de você e que te ama.  Quando você ama e transa com mais intensidade pois não quer perder esse amor! Quando mesmo com medo, você torce muito pra tudo dar certo pra ele ou ela. Quando sua insegurança te faz ser imaginativo e esquenta e revive o amor. Esse é o ciúme "do bem". Te puxa pra cima e faz você ser mais criativa e imaginativa, faz você querer ser uma pessoa melhor! (Vi esta frase no filme "Melhor Impossível", Jack diz: "Você me faz querer ser um homem melhor"... uau!)

Então vamos combinar, este é o único ciúmes que vamos sentir, ok? Aquele que te destroi, faz você se perder de si mesma, aflora o seu pior, te torna insegura e fraca não é pra gente não! Este tipo tira toda admiração que você pode despertar... e cá entre nós, depertar admiração... é o máximo!

beijocas,

Mari

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Manual da mulher paranoica. Heim?!

Cá estou eu dando uma geral nos jornais quando dou de frente com uma matéria do Jornal da Tarde sobre o livro "Ele é meu - Como segurar seu homem e livrar-se da concorrência", das norte-americanas Marie e Marlene Browne, mãe e filha, psicoterapeuta e advogada de família, respectivamente.

Surreal! Vocês têm que ler! Entre as pérolas, o livro traz conselhos como "mesmo sendo uma esposa infeliz, pode ser recompensadora a possibilidade de permanecer casada em função dos filhos". Recompensador para quem, cara-pálida?

Também ensina como identificar possíveis rivais, entender a personalidade delas e ainda orientam as leitoras a colocar em prática a estratégia mais eficaz para lidar com os diferentes tipos de ameaças que rondam os homens comprometidos.

E mais: apresenta o Efeito Coolideg, que diz que qualquer tipo de macho (viram senhores?) perde o interesse pela fêmea depois de copular várias vezes com ela, só recuperando o desejo de fazer sexo quando aparece uma novata na parada!

Ah... Então TODOS OS HOMENS SÃO INFIEIS! Que do-i-dei-ra... :o)

Cena final, quando tudo dá certo! Ai, ai...
É a mesma teoria da vaca, apresentada com profundidade (ahã) no filme Alguém como você, com o delicioso Hugh Jackman e a linda Ashley Judd. No filme, ela desenvolve essa teoria depois de levar um grande pézinho. Mas, a vida dá uma reviravolta e o companheiro "tarado" de trabalho acaba indo dividir a casa com ela... Nem preciso dizer que dei muita risada e que o final é o que todos desejam, né?!

Dei quase o mesmo tanto de risada ao ler toda a matéria do JT! A jornalista, Bianca Balsi, bárbara, tira um sarrinho educado da entrevistada, a filha e advogada Marlene, de 48 anos.

Entre suas perguntas: O mercado amoroso está mais complicado por causa da liberação feminina?

E a resposta, ótima: "Com certeza. Agora, mais de 50% do mercado de trabalho é ocupado por mulheres, o que quer dizer que há 50% menos homens disponíveis no mercado" - Num entendi muito essa afirmação... Morreu 50% dos homens do mundo e ninguém me avisou?

E continua: "As mulheres estão muito certas do que querem e como querem, e se isso for seu marido, aí temos um problema." Como se trocar de marido/mulher fosse exclusividade do século XX!!!

Não discordo que a oferta está grande e a competição também, mas perseguição e controle desse tanto num dá né? Ou existe confiança e diálogo, ou nem vale a pena começar nada!

Vejam as dicas das autoras:


O que vocês acham de tudo isso?

Um cheiro,
Zoe

P.S. Nos EUA, o livro vendeu apenas 3 mil exemplares... Imaginem o quanto irá vender aqui! E se quiserem a matéria (21/9/2010, 6D), é só pedir que eu mando ok? Não consegui atachar e o site do JT é fechado!

A determinação do meu cunhado


Meu cunhado conheceu minha irmã na adolescência. Os dois tinham 15 anos e se conheceram no ônibus que os levava diariamente à escola. Nessa época, minha irmã namorava outro rapaz do colégio. Luiz, meu cunhado, não se importou muito com o fato. E, cada vez mais, foi se aproximando dela.


Os dois são o típico exemplo de que os opostos se atraem. Ele é do tipo nerd, tímido, estudioso. Ela é do tipo baladeira, bagunceira, extovertida. Eu o conheci na festa de aniversário de 15 anos da minha irmã, em 1996. O ex-namorado da minha irmã estava em casa nesse dia. Luiz levou um presente e ficou conversando com o casal, sem levantar grandes suspeitas no rival. Ali, ele demonstrou pela primeira vez que não ia desistir tão facilmente dela.

Dois anos depois, minha irmã já não estava mais namorando. Ela havia acabado de entrar na faculdade e sua amizade com o Luiz continuou. Ele não perdeu a esperança. Às vezes a buscava na faculdade, ligava, saía com ela. Com o tempo, ela passou a olhar para ele diferente.
Quando minha irmã finalmente se rendeu aos encantos dele, Luiz foi taxativo: "Não quero ficar com você, quero namorar". Sim, meninas, esse tipo de homem existe. Depois de quatro anos de espera, ele poderia ir com sede ao pote, mas não, prefiriu continuar na sua batida insistente de ter a mulher que ele sempre sonhou ao seu lado. Em 2000, quatro anos depois, os dois começaram a namorar.

Anos depois, minha irmã "enrolou" o Luiz porque achava que não era hora de casar. Diante do novo obstáculo, sabem o que ele fez para convencê-la? Conseguiu uma transferência no emprego para os Estados Unidos e a pediu em casamento. Ou ela finalmente se rendia ao amor, ou ele partiria.

Em 2006, após seis anos de namoro e dez anos das primeiras investidas, Luiz conseguiu levá-la ao altar. Não é à toa que os noivinhos do bolo do casamento deles eram um bonequinho laçando a noiva, literalmente. Hoje, os dois vivem em Chicago, trabalham por lá e, pelo que sei, não devem voltar tão cedo. Eu morro de saudade, mas fico orgulhosa de saber que Luiz acabou de ser aprovado em uma universidade por lá, após anos de estudo (afinal, ele é brasileiro e não desiste nunca, como diria a propaganda).


Nunca conheci um homem tão determinado, que lutou com todas as fichas para conquistar uma mulher. Admiro muito gente como ele que sabe o que quer, vai atrás e luta. Essa semana, Luiz fez 29 aninhos. Além de dar os parabéns atrasado aqui no blog, quero agradecê-lo por cuidar tão bem da minha irmã. E quem sabe esse post inspire homens mundo a fora (especialmente aqui no Brasil!) a ter essa determinação.

Irma